Em reconstituição, família não acredita que morte de vigilante foi acidente

Familiares que acompanhavam a reconstituição do caso do segurança Celso de Jesus Gomes, 40 anos, morto em março deste ano, disseram não acreditar que o disparo tenha sido acidental. Ele morreu ao ser atingido com um tiro na testa enquanto trabalhava na agência do Itaú da Avenida Coronel Antonino.
O tiro partiu da arma do também vigilante, Arivaldo Gadea Marcelino que teria deixado o revólver cair no chão com o tambor aberto no momento em que o entregaria para Celso. Arivaldo foi indiciado pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar e ficou preso por dois dias, mas pagou fiança e responde o processo em liberdade.
De acordo com o delegado Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, a reconstituição da morte foi necessária porque existem alguns pontos divergentes entre o depoimentos e os laudos da perícia técnica. “É necessário fazer a simulação para que seja possível chegar mais perto daquilo que realmente aconteceu no dia do fato”, esclarece.

A esposa de Celso, Eliane Simões, 38 anos, esteve no local desde o início acompanhado de fora a reconstituição. Ela disse que preferiu não entrar porque o assunto ainda mexe muito com a família, mas que não acredita em acidente. “Chegamos aqui e ele nos virou as costas, nunca nos procurou para dar uma palavra de conforto, tenho três filhos e nunca tivemos uma versão dele, não acredito que tenha sido acidente, mas entrego nas mãos da Justiça e espero que o caso seja esclarecido” disse ela sobre Arivaldo.
A irmã, Aparecida das Graças Jesus também ressaltou que não acredita na hipótese de acidente e espera por justiça e esclarecimentos para que toda a família possa ficar em paz.
O laudo da reconstituição deve sair em 15 dias, até lá o indiciado continua em liberdade. Se não houver mais divergências o processo será encaminhado para o poder judiciário.