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Capital

Após greve, sindicato agora negocia para resolver multas de meio milhão

MPT e Câmara participam das negociações, que acontecem na tarde desta quinta-feira (18)

Por Kamila Alcântara e Mylena Fraiha | 18/12/2025 11:42
Após greve, sindicato agora negocia para resolver multas de meio milhão
Motoristas de ônibus usam uniforme da empresa durante audiência no TRT, na última terça-feira (16) (Foto: Juliano Almeida)

Após a greve do transporte público em Campo Grande ser anunciada como resolvida com a liberação da antecipação do pagamento, a questão das multas impostas ao STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano) segue em aberto. O valor acumulado chega a R$ 520 mil devido ao descumprimento das ordens judiciais e a próxima etapa é a negociação, marcada para a tarde desta quinta-feira (18).

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O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) de Campo Grande enfrenta negociações para resolver multas que totalizam R$ 520 mil, acumuladas durante quatro dias de greve por descumprimento de ordens judiciais. A paralisação foi motivada pelo atraso no pagamento de salários e da segunda parcela do 13º salário. O presidente do sindicato, Demétrio Freitas, enfatiza que a decisão da greve partiu dos trabalhadores. Uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho está programada para buscar acordo sobre as multas, com participação do Ministério Público do Trabalho e acompanhamento da Câmara Municipal.

A multa foi acumulada ao longo da greve, que completou quatro dias. Desde o início do movimento, o sindicato foi penalizado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) com valores que somam R$ 520 mil, incluindo R$ 20 mil na segunda-feira (15), R$ 100 mil na terça-feira (16), e R$ 200 mil referente aos dias seguintes.

O presidente do STTCU, Demétrio Freitas, ressaltou que a greve não foi uma decisão unilateral do sindicato. "Quando foi deflagrada a greve, é importante deixar bem claro que não foi o presidente quem decidiu isso em nenhum momento. Nós levamos a situação aos trabalhadores, e foram os trabalhadores que decidiram." Ele também explicou que o movimento foi motivado pela falta de pagamento, tanto do salário atrasado quanto da segunda parcela do 13º salário.

Demétrio enfatizou que a paralisação foi a única alternativa encontrada pelos trabalhadores para pressionar o Consórcio Guaicurus a cumprir seus compromissos, mas que ninguém queria causar transtornos à população. “Ninguém, nem eu, nem os trabalhadores, queria estar parado. Isso precisa ficar bem claro. Mas a situação chegou a um extremo", disse o sindicalista, explicando a dor de quem enfrenta atrasos salariais constantes.

Além disso, ele lamentou como a última audiência foi conduzida. "Fomos decepcionados. Os trabalhadores compareceram em massa, acreditando que dali sairia uma solução, mas o que houve foi uma decepção terrível", relatou, ressaltando que o foco da audiência foi colocar o Consórcio Guaicurus à frente, enquanto a Prefeitura de Campo Grande alegava não ter dívidas. "Ficou a pergunta: quem tem que pagar? A Prefeitura ou o Consórcio?", questionou.

Após greve, sindicato agora negocia para resolver multas de meio milhão
Presidente do STTCU, Demétrio Freitas (Foto: Juliano Almeida)

Em relação às multas, Demétrio explicou que a negociação com a Justiça do Trabalho para reverter a situação continua. Ele afirmou que o sindicato não irá retomar os serviços sem o pagamento, especialmente considerando a condição financeira difícil dos trabalhadores. "Tem 200 mil de multa, mas nós não vamos rodar enquanto não receber," garantiu Freitas.

O vereador e presidente da Câmara, Epaminondas Vicente Neto, o Papy (PSDB), se comprometeu a acompanhar uma reunião agendada para a tarde de hoje, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em busca de uma solução para as multas. Na ocasião, a procuradora Cândice Arosio, do MPT (Ministério Público do Trabalho), estará presentes para tentar negociar um acordo entre as partes envolvidas.

"Existe um acordo encaminhado para tentar reverter a questão das multas em relação ao sindicato e, dessa forma, pacificar completamente esse imbróglio que aconteceu. No calor do momento, houve algumas divergências, e, na minha avaliação, a multa foi um pouco excessiva. Precisamos ajudar para que ela possa ser revertida, já que o serviço será retomado", afirmou Papy.

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