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Capital

Em regime domiciliar, mulheres não podem falar com investigados

Paulo Yafusso | 16/05/2016 19:46
Oito presos na Operação Fazendas de Lama continuam recolhidos, agora com prisões preventivas (Foto: Alcides Neto)
Oito presos na Operação Fazendas de Lama continuam recolhidos, agora com prisões preventivas (Foto: Alcides Neto)

Mesmo cumprindo prisão preventiva em regime domiciliar, as mulheres investigadas na Operação Fazendas de Lama são submetidas a algumas restrições. Uma delas é a proibição de manterem contato com os outros investigados. Na Operação Lava Jato, os que conseguiram o benefício de ir para casa cumprir a prisão, tiveram que usar tornozeleiras, o que não ocorre nesse caso em Mato Grosso do Sul, porque aqui não há disponibilidade desse tipo de equipamento.

As quatro mulheres que estão em regime domiciliar conseguiram o benefício por terem filhos menores de 12 anos. Uma delas, a advogada Rachel de Jesus Portela Giroto, mulher do ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto, também tem prerrogativa por conta do Estatuto da OAB, que diz que o profissional não pode ficar recolhido em ambiente com cela e trancado.

As outras três, Mariane Mariano de Oliveira, filha do servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) Wilson Roberto Mariano de Oliveira, e Ana Paula Amorim Dolzan, filha do empresário João Alberto Krampe Amorim, e Elza Cristina Araújo dos Santos, sócia de Amorim na Proteco, obtiveram o benefício da prisão domiciliar por terem filhos recém-nascidos.

O advogado Hilário Cardoso de Oliveira, que atua na defesa de Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, e da filha Mariane, disse que a justiça federal permitiu que ela cumpra a preventiva em casa, mas ela está proibida de sair de casa ou trabalhar.

Segundo ele, embora não haja proibição expressa, Mariane Mariano não tem falado ao telefone. Ela está sendo acompanhada pela mãe, já que é filha única e o pai está preso preventivamente. Hilário de Oliveira disse que a cliente também não está recebendo visitas. Ana Paula está cumprindo prisão domiciliar no Rio Grande do Sul, onde também tem residência.

Dos 15 que foram presos temporariamente na Operação Fazendas de Lama na última terça-feira (10), oito tiveram as prisões convertidas em preventiva. Além das quatro mulheres, Edson Giroto, Beto Mariano, João Amorim, e o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio (cunhado de Giroto, preso em Tanabi, São Paulo)

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