ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Emha fecha as portas em protesto de moradores da Cidade de Deus por casa

Aline dos Santos | 06/09/2011 11:49

O grupo, que na sexta-feira tinha 19 famílias, já aumentou para 23 famílias

Grupo da favela Cidade de Deus protesta por casas em residencial. (Foto: João Garrigó)
Grupo da favela Cidade de Deus protesta por casas em residencial. (Foto: João Garrigó)

Um protesto de moradores da Cidade de Deus fechou a Emha (Agência Municipal de Habitação), em Campo Grande, nesta terça-feira. O grupo reivindica casas populares no residencial José Teruel Filho, cuja última etapa foi entregue na sexta-feira.

Ao todo, 362 casas foram construídas no bairro Dom Antônio Barbosa, próximo do Lixão, para que os ocupantes da área de invasão deixassem os barracos.

Depois de protesto no dia da entrega das casas e reunião realizada ontem na Emha, o grupo promete acampar em frente ao prédio da agência, localizado na Travessa Iria Loureiro Viana, Vila Oriente. “A gente só sai daqui com uma resposta bem firme”, afirma Ana Cláudia de Arruda.

O grupo, que na sexta-feira tinha 19 famílias, já aumentou para 23 famílias hoje. Segundo Ana Cláudia, os barracos não foram cadastrados pela equipe de assistência social da Emha porque os moradores estavam trabalhando no Lixão.

“Como não tinha ninguém, marcaram um V de vazio. Mas a gente precisava trabalhar, não podia ficar esperando”, relata. Ela conta que desde então eles tentam a inclusão no projeto das casas populares. Ana Cláudia, que afirma ter cadastro na agência desde 1999, está há oito meses na Cidade de Deus.

A assessoria de imprensa da prefeitura informa que o cadastro das pessoas que seriam removidas dos barracos foi feito há doze meses, portanto, antes da chegada dos manifestantes. O número de casas teve que ser ampliado três vezes para atender a demanda crescente.

Sem teto - Agora, as famílias alegam estar sob risco de ficar sem teto, porque os barracos terão que sair da área já regularizada. “Nem durmo à noite. Tenho medo da polícia chegar derrubando tudo de madrugada”, conta Andriela Aparecida Pereira Rocha Gregório, de 24 anos, que mora com as duas filhas.

Ontem, houve reunião na Emha com as famílias. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o grupo foi convidado para reunião na manhã desta terça-feira no bairro Dom Antônio. Mas parte das pessoas decidiu protestar em frente à agência.

Prédio da Emha foi fechado por questão de segurança. (Foto: João Garrigó)
Prédio da Emha foi fechado por questão de segurança. (Foto: João Garrigó)

Portas fechadas – Ainda segundo a assessoria de imprensa, a Emha foi fechada por questão de segurança. A previsão é que o atendimento seja retomado à tarde. Os manifestantes afirmam que foram impedidos de entrar no local pela Guarda Municipal. Os guardas e o grupo permanecem em frente ao prédio.

O residencial teve investimento de R$ 7 milhões. Cada imóvel tem 35 metros quadrados de área construída, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

Nos siga no Google Notícias