Empresário que queimou carro da ex tem prisão preventiva revogada
Alvará de soltura do acusado foi expedido nesta quinta-feira e ele deverá usar tornozeleira eletrônica
O empresário de 37 anos, preso após atear fogo no carro da ex-esposa de 52, teve a prisão preventiva revogada pela juíza Adriana Lampert da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande. O homem estava preso desde o dia 8 de maio, acusado de ameaça e dano. O alvará de soltura foi expedido nesta quinta-feira (25).
A vítima registrava um boletim de ocorrência no dia 29 de abril, quando o acusado foi até a Rua Paulo Hideo Katayama, Bairro União, e ateou fogo no carro que estava estacionado. O momento foi registrado por câmera de segurança. Segundo o depoimento da empresária, ela e o rapaz tiveram um relacionamento de cinco anos e se separaram em março, mas ainda mantinham relações comerciais, já que eram sócios na mesma empresa.
Ao Campo Grande News, ela contou que decidiu se separar do empresário após ter sido agredida e ameaçada de morte. Ela afirmou ainda que quando o marido não bebia era muito gentil e que manteve o relacionamento porque “gostava dele”. A mulher alegou ainda ter medida protetiva contra o homem que tinha birra dos filhos dela.
No dia 8 de maio, o empresário se apresentou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), acompanhado pelo advogado Gelson Eduardo Santos da Costa. Na ocasião, ele alegou que o caso se tratava de um desacordo patrimonial entre o casal e que o acusado havia ateado fogo porque a ex não havia devolvido o veículo. Ele acabou ficando preso na ocasião e foi autuado por dano e ameaça.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou o empresário apenas pelo dano. A denúncia foi recebida pela juíza Adriana Lambert, no entanto, a magistrada deferiu pela revogação da prisão preventiva do acusado na quarta-feira (24) e determinou que ele mantenha distância de ao menos 300 metros da vítima e que faça uso de tornozeleira eletrônica. O alvará de soltura foi expedido nesta quinta.
À reportagem, a vítima contou que foi procurada pela Deam ontem à noite e foi informada sobre a soltura. Ela então foi até a delegacia, onde relatou que ele descumpriu a medida protetiva cinco vezes e que não acha que esteja segura, mesmo ele usando a tornozeleira eletrônica.
