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Capital

Empresas alegam prejuízo de R$ 4,4 mi e pressionam por reajuste

Michel Faustino | 05/11/2014 18:35
Com reajuste, tarifa pode chegar à R$ 3. (Foto: Marcelo Calazans)
Com reajuste, tarifa pode chegar à R$ 3. (Foto: Marcelo Calazans)

As empresas que fazem parte do Consórcio Guaicurus, responsável por operar o sistema de transporte coletivo de Campo Grande desde 2012, alegam um prejuízo diário de R$ 400 mil, devido ao não reajuste da tarifa que deveria ocorrer no dia 25 outubro de cada ano. Do dia 25 até esta quarta-feira, 5 de novembro, passaram-se 11 dias, e o prejuízo chega à R$ 4,4 milhões.

O Consórcio Guaicurus chegou a sugerir que os valores referentes aos dias subsequentes a 25 de outubro, data prevista para que a tarifa fosse reajustada, fosse pago retroativamente pela prefeitura. A empresa alega ter um prejuízo diário de cerca de R$ 400 mil, devido o não reajuste do valor.

De acordo com o diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Rudel Espíndola Trindade Junior, o estudo da nova tarifa considera gastos com funcionários, combustíveis e novos ônibus.

A planilha da tarifa considera 40% dos gastos com mão de obra, 25% com combustíveis e outros 25% com o preço do ônibus. No valor de R$ 2,94 se mantém redução de 5% do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), aprovado em lei do ano passado. Quanto ao diesel, Rudel explicou que “cada 1% do aumento impacta em 1 centavo na tarifa”.

Segundo ele, os números apontam necessidade de correção de 9% a 10%, percentual que reflete a inflação acumulada. “A gente está mantendo no menor valor possível, concedendo as correções”, afirma.

Em 2012, a tarifa era de R$ 2,75, portanto, agora, deveria ser acima de R$ 3. O cálculo foi feito mantendo a isenção de ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza), que representa R$ 18 milhões por ano. “A gente fez os cálculos mantendo a isenção, utilizando o dinheiro do ISS para o pagamento dessa tarifa, para garantir a gratuidade. Hoje, Campo Grande tem a maior gratuidade do Brasil, 40% dos que viajam, viajam de graça”, salienta.

Fundo - A Câmara Municipal criou um fundo para custear as gratuidades. No entanto, ele ainda não recebeu recursos. Conforme o diretor da Agereg, serão necessários R$ 8,3 milhões por ano para bancar o passe de 55 mil alunos cadastrados. Ainda de acordo com Rudel, não há prazo para fechar o valor da tarifa, porém o contrato com o Consórcio Guaicurus, que venceu licitação para explorar o serviço, prevê análise tarifária no mês de outubro.

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