Enfermeiros se reúnem com prefeito e pedem apoio contra restrição ao trabalho
Pelo menos 300 pessoas fizeram manifestação contra decisão que limita atividade de profissionais
Após protesto e passeata pela avenida Afonso Pena, nesta quarta-feira, dia 18, enfermeiros e estudantes da área se reuniram com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), no Paço Municipal. Eles questionam decisão da 20ª Vara da Justiça Federal de Brasília, que concedeu liminar, a pedido do CFM (Conselho Federal de Medicina), restringindo uma série de atividades exercidas por enfermeiros.
Os profissionais deixaram de fazer os serviços na atenção básica, como revalidar receitas médicas, requisitar consultas e exames. Pelo menos 300 pessoas participaram da manifestação hoje.
Para o prefeito, eles explicaram que a medida é prejudicial não só para os profissionais, como para a população que procurar atendimento nas unidades.
A pedido deles, Marquinhos se comprometeu a oficializar em documento o apoio à causa deles até amanhã, quando também deve ocorrer outra reunião para, juntos, buscarem uma saída.
Uma das responsáveis pelo protesto, a professora Arminda Rezende de Pádua, disse que agora a ideia é buscar assinaturas de profissionais e outras pessoas e procurar o Coren (O Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) para que interfira na situação e garanta que, se os enfermeiros voltarem a fazer as atividades, não sofram processos ou outras penalidades.
Manifestação - Vestidos de preto, os participantes estavam munidos de faixas e em uma só voz diziam “eu não me calo não porque eu estudo para exercer a profissão” e “eu sou enfermeiro com muito orgulho e muito amor”.
A concentração foi por volta das 15h, na praça do Rádio e os protestantes fazem parte de universidades como UFMS, UNIDERP e, UCDB e também hospitais como Santa Casa e hospital do Pênfigo.
O movimento ainda foi engrossado por representantes do legislativo municipal como a vereadora Cida Amaral (Podemos) e Hederson Fritz (PSD), que são enfermeiros.