Envolvida em falso frete, contadora tentou entrar com 27 chips em presídio
Débora Correa Martins foi alvo de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão

Alvo de mandado de prisão temporária durante a operação Carga Pesada, Debora Correa Martins, 37 anos, já foi autuada em flagrante por tentar entrar no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande, no dia 18 de junho de 2023, com 27 chips de operadora telefônica. O material seria entregue a detenta que cumpria pena por tráfico de drogas.
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Contadora é presa em operação contra quadrilha especializada em roubos de caminhões através do golpe do falso frete. Debora Correa Martins, de 37 anos, já havia sido flagrada tentando entrar com 27 chips em presídio de Campo Grande para sua irmã, detenta por tráfico de drogas. A organização criminosa, que causou prejuízos superiores a R$ 50 milhões, atraía motoristas por plataformas online e os mantinha em cárcere privado. Os veículos eram levados a países vizinhos para transporte de drogas. Em Santa Catarina, foi apreendido um helicóptero avaliado em R$ 3 milhões com o líder do grupo.
Conforme boletim de ocorrência, no dia 18 de junho de 2023 Débora foi até a unidade penal visitar a interna e quando passou pela revista os policiais encontraram os 27 chips. Eles estavam dentro de uma sacola plástica onde estava vasilha com comida. O material foi interceptado.
Durante a vistoria, a contadora retirou a vasilha e segurou a sacola enrolada na mão. Os policiais penais desconfiaram e decidiram verificar. Foi então que os chips foram encontrados nas embalagens originais e apreendidos.
Ela foi autuada em flagrante e levada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol onde assinou um Termo Circunstanciado e foi liberada. A presa que receberia os chips foi identificada como Eva Correa Martins, irmã de Debora, detida em março de 2020 com 17,4 kg de skunk e 700 de haxixe.
Operação - Débora foi alvo de ordem judicial que determinou a prisão por 30 dias. Ela é apontada como integrante da quadrilha especializada em roubos de caminhões através do golpe do falso frete e com restrição da liberdade das vítimas. O grupo criminoso também operava com lavagem de dinheiro. Ela também teve mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa no Jardim Aero Rancho.
Também na capital sul-mato-grossense, Junior de Sousa Pereira foi capturado. A reportagem não encontrou informações sobre o homem, mas ele foi alvos de mandados de prisão temporária e busca e apreensão.
Segundo divulgou a Polícia Civil, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande e as diligências também aconteceram em São Paulo. A operação foi deflagrada pela corporação daquele estado e contou com apoio do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime) de Mato Grosso do Sul.
O grupo atraía os motoristas por meio de plataforma online de frete e simulavam negociações. No entanto, quando havia o encontro a vítima era mantida em cárcere privado para que os caminhões fossem roubados. Depois os veículos eram levados para países vizinhos para serem usados no transporte de drogas para uma facção criminosa e contrabando.
As ordens judiciais também foram cumpridas em Guarulhos (SP) onde um dos executores foi preso. E o líder da quadrilha foi encontrado em Itapema (SC), cidade onde foram apreendidos diversos relógios Rolex, um carro de luxo e uma motocicleta, bem como um helicóptero Robinson R44 modelo Raven II, avaliado em cerca de R$ 3 milhões, comprovando o enriquecimento ilícito dos criminosos.
Os alvos dos mandados de prisão temporária, além de Debora e Junior, foram Daiane Cristina dos Passos, Ítalo Ajori Mota Santana, Samuel Silva Santos, Juliano Dias de Souza e Leonardo Levindo de Souza. O prejuízo às vítimas ultrapassa os R$ 50 milhões.
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