Epidemia é controlada sem “um centavo” da União, diz prefeito
Prefeitura de Campo Grande pediu R$ 28 milhões para tratamento de pacientes, mas dinheiro não veio
O quadro de epidemia de dengue, em Campo Grande, está sendo controlado sem “um centavo” do governo federal. Em março, a Prefeitura da Capital decretou emergência diante de casos da doença e pediu R$ 28 milhões para combate do mosquito e tratamento dos pacientes.
“Tudo saiu dos cofres municipais. Só de não ter ajuda da União, já impacta. Estamos andando só com as nossas pernas”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad (PSD), durante entrega de um veículo furgão para Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande), nesta segunda-feira (dia 27).
O município apresentou o pedido à equipe do Ministério da Saúde, cuja equipe esteve em Campo Grande, no fim de março. Na ocasião, duas pessoas tinham morrido em decorrência da doença.
Na época, a equipe do Ministério da Saúde ficou de avaliar a real necessidade do repasse dos recursos. Segundo o secretário de Saúde da Capital, José Mauro Filho, os números da dengue estão "em queda" nesta semana.
Para o próximo ano, o titular afirma que o município vai agir na prevenção e em "novos rumos". "Vamos receber o projeto da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], que tem se mostrado um mecanismo. A gente espera que no próximo ano seja melhor". O estudo prevê utilização de mosquitos geneticamente modificados para controlar dengue, zika e chikungunya.