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Capital

Escolas adotam 5º tempo e aulas aos sábados para repor dias perdidos

Flávia Lima | 12/08/2015 15:27
Para suprir dias perdidos, escolas adotam horários diferenciados de reposição. (Foto:Arquivo/Marcos Ermínio)
Para suprir dias perdidos, escolas adotam horários diferenciados de reposição. (Foto:Arquivo/Marcos Ermínio)

Escolas da Reme (Rede Municipal de Educação) que realizaram greve, mas decidiram retornar aos trabalhos antes do período de férias, já iniciaram a reposição das aulas perdidas. Segundo o secretário de Educação da Capital, Marcelo Salomão, as reposições acontecem de forma diferenciada.

Em algumas escolas os professores adotaram o quinto tempo, com isso os alunos que estudam de manhã, por exemplo, tem encerrado o período de aula às 12h40 ao invés das 11h10. As reposições também acontecem à tarde, após às 17h10. Segundo diretores de escolas, o tempo de reposição varia entre 50 minutos a 1 hora.

Já em outras escolas, a aulas perdidas estão sendo recuperadas aos sábados de manhã. O secretário afirmou que as reposições só serão encerradas após o cumprimento das 800 horas-aula obrigatórias e 200 dias letivos do calendário escolar.

A chefe da Divisão de Monitoramento e Normas da Semed (Secretaria Municipal de Educação), Tânia Passos, afirmou que das 94 escolas municipais, 33 estão com o calendário letivo em dia e as reposições acontecem nas 61 unidades que chegaram a suspender as atividades, mas já retornaram, mesmo que parcialmente. "Nas escolas onde ainda as aulas ocorrem de forma parcial, aproveitamos os professores que retornaram para aplicar as reposições. Nesses casos foi implantando o quinto período", explica.

Como cada escola paralisou as aulas por períodos diferenciados, o mês de conclusão das reposições também irá variar. "Algumas encerram em outubro, outras em novembro e também tem aquelas que precisarão ficar até dia 30 de dezembro", ressalta Tânia.

No entanto ela destaca que nenhum aluno será prejudicado e que todo o conteúdo e horas-aula serão ministrados, mesmo que seja necessário adentrar o ano seguinte.

Marcelo Salomão reconhece que as escolas que ainda não voltaram às aulas já estão com o ano letivo perdido, por isso deverão extrapolar o calendário de 2015 e realizar reposições no início de 2016. Segundo o secretário, cerca de 400 professores continuam em greve.

Apesar da recusa dos professores quanto a última oferta da prefeitura, Marcelo Salomão ressaltou que continua conversando com o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos profissionais em Educação), Geraldo Gonçalves, buscando uma solução para o término da greve que teve início dia 25 de maio.

Para o secretário, a paralisação se tornou um movimento político. “Parece que estão esperando a abertura da Comissão Processante da Câmara contra o prefeito para decidirem alguma coisa”, diz.

A última proposta feita pela prefeitura era de conceder reajuste de 8% sobre o salário bruto de cada professor, pago através do cartão alimentação Brasil Card.

Os professores pedem reajuste de 13%, porém o prefeito Gilmar Olarte (PP) ressalta que a administração está comprometendo 53,4% da receita com a folha de pagamento de pessoal e que precisa fazer ajustes para chegar em 51% e se enquadrar na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

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