Estudantes esperam, pelo menos, mil pessoas em protesto no dia 20
Pelo menos mil pessoas são esperadas para a primeira manifestação local de estudantes em Campo Grande. Por aqui o motivo principal deve ser contra a corrupção.
O protesto foi marcado para próxima quinta-feira (20), às 17h, na Praça do Rádio, na avenida Afonso Pena. Na mesma data, acontece o Dia do Basta, movimento nacional contra a impunidade e a corrupção.
Um dos organizadores do protesto, Thiago Quadros, de 31 anos, disse que inscritos já são quase 2 mil pessoas via redes sociais. “Mas normalmente vai menos pessoas. Vai ter muita gente ligada a movimentos, cada um vai levantar a sua bandeira no dia da manifestação”, diz.
Ontem cerca de 300 estudantes se reuniram no Parque das Nações Indígenas, nos altos da avenida Afonso Pena para organizar a passeata nesta semana. O encontro foi marcado pelo Facebook. Reunidos, os jovens discutiram vários temas e elegeram um para protestar aqui em Campo Grande.
“O nosso foco é o combate à corrupção, que envolve os escândalos de desvio de dinheiro do Hospital do Câncer e Hospital Universitário, porém, tem vários grupos que vão levantar outras questões, como por exemplo, o conflito de terra entre indígenas e fazendeiros no Estado", explica.
Para chamar atenção, os estudantes vão usar faixas, cartazes apitos e alto-falantes durante a passeata, que ainda não tem o percurso definido. A aposentada Marly Marques, de 61 anos, que também é uma das organizadoras da passeata, conta que está contente com o que viu na primeira reunião.
“Estamos todos engasgados com essa situação que vem acontecendo no nosso Estado. Ontem fiquei muito feliz porque todos os jovens que foram ao local têm ideais e opiniões formadas”, afirma.
Os organizadores do evento, chamado “Encontro: Não é por centavos, é por direitos”, foi criado por um perfil "Anonymous MS", uma derivação de uma comunidade internacional online que age de maneira coordenada e anônima.
O protesto começou originalmente por conta do reajuste do tarifa de transporte coletivo em São Paulo, se estendeu ao Rio de Janeiro e agora já tem movimentações em diferentes estados.
Mas por aqui a pauta do transporte não gera indignação. Segundo os organizadores, o assunto pode até surgir durante o protesto do dia 20, mas não é o foco.
Em Campo Grande, o valor foi congelado até outubro, quando novo índice deve ser divulgado pela prefeitura.
