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Capital

Estuprada por colegas, policial chora todos os dias e está afastada, diz pai

Corregedoria abriu inquérito para investigar estupro, que teria ocorrido durante festa de confraternização de PMs

Luana Rodrigues | 21/12/2016 16:06

Policial de 33 anos, que diz ter sido estuprada por dois colegas de trabalho, durante uma festa de confraternização no início desta semana, ainda se recupera do trauma, segundo a família. A moça está afastada das funções que exercia no Batalhão de Trânsito e passa por tratamento psicológico. O caso segue sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Conforme o pai da policial, técnico fazendário de 61 anos - que não terá o nome citado nesta reportagem para preservar a vítima – ela tenta superar o que aconteceu. “Nos primeiros dias, ela chorava muito, e ainda hoje chora. Mas, no começo ela ficou preocupada, com vergonha, eu disse a ela para não ter medo, porque a justiça tem que ser feita”, conta.

A polícia é a única mulher entre três irmãos. Entrou para a polícia há cerca de 10 anos e é o orgulho do pai: “Nossa família é toda de policiais e eu mesmo disse para ela entrar para a polícia, porque admiro muito a profissão”, conta o pai.

E é por esta admiração aos que usam a farda da PM que o homem pede justiça. “Isso não representa a Polícia Militar, não representa os policiais que são homens e mulheres de caráter. Isso é um animal, uma pessoa que se esconde atrás da farda para praticar o mal, mas que não representa a corporação e não deveria poder vestir farda”, considera.

O pai diz que a família tem tentado dar apoio a policial, que, por enquanto, está se recuperando em casa. A moça passa por tratamento psicológico e ainda não há previsão para que volte ao trabalho.

Já os dois policiais suspeitos de terem praticado o estupro, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia, continuam trabalhando. “A minha filha tem certeza que ele colocou droga na bebida dela. E o que eu mais ensinei para os meus filhos foram os pilares da ética, por isso eu confio na justiça e vou até o fim por ela”, afirma o pai da vítima.

O caso segue sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), sob sigilo de informações. Já a Corregedoria da Polícia Militar informou que instaurou procedimento administrativo para apurar denúncia.

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