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Capital

Ex-dirigente se defende e pede perícia em vídeos que supõem maus-tratos

Na manifestação, o defensor afirma que os vídeos apresentados ao MP foram editados

Lucia Morel | 22/02/2022 18:32
Sede da Casa do Aconchego, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Sede da Casa do Aconchego, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Denunciada por supostos maus-tratos a idosos em asilo de Campo Grande, a ex-presidente da Casa do Aconchego, Suely Gomes dos Santos, se manifestou através de advogado na ação impetrada pelo Ministério Público. Ela pede perícia nas imagens de câmeras de segurança.

Conforme a defesa da denunciada, feita pelo advogado Alexandre Daniel dos Santos, é pedido que seja “realizada perícia técnica de todas as mídias acostadas aos autos, principalmente para constatar possível alteração cronológica, edições, manipulações ou cortes em seu teor”.

Na manifestação, o defensor afirma que os vídeos apresentados ao MP de Mato Grosso do Sul foram “claramente editados e que não estão na íntegra, ao que tampouco mostram a verdade dos fatos ocorridos”, além de sustentar que as imagens foram manipuladas por quem denunciou a situação ao ministério, mostrando motivação de “foro íntimo”.

No mesmo documento, Suely contrapõe o depoimento de funcionários, ex-funcionários e idosos assistidos na ILPI (Instituição de Longa Permanência de Idosos). Sobre acusação de que teria impedido assistência médica indevida a uma idosa, a resposta é de que os fatos não foram narrados como ocorreram e que a família da mulher não a queriam de volta em casa.

Neste caso, a idosa “precisava de atendimento especializado para seu tratamento psiquiátrico, o qual não é abrangido na competência da IPLI” e assim, teria buscado atendimento junto ao Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

Sobre suposta agressão registrada em vídeo, em que ela retira abruptamente copo de suco das mãos de idoso e o joga no chão, a defesa afirma que o homem, que tem Mal de Alzheimer, nega levar o copo à mesa, como foi solicitado e assim, “ante a resistência intentou pegar o copo das mãos do acolhido, que por seu turno se sente afrontado e joga de modo agressivo todo o conteúdo do copo na cara da ex-dirigente.”

Quanto ao outro caso de agressão, este teria ocorrido contra irmão de Suely, que nem mesmo era oficialmente assistido. “A verdade sobre este vídeo acostado nos autos é que o irmão da ex-dirigente verbalizava em todo momento que preferia ficar em sua casa, mesmo a ILPI lhe oferecendo todo o necessário, mas que precisava consumir álcool, motivo pelo qual, em respeito à sua solicitação, foi levado embora no mesmo dia.”

Sobre o laudo psicológico em que psicólogos forenses indicam situação “gravíssima” no asilo, a defesa afirma pede sua anulação e nega qualquer abuso.

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