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Capital

Falta de verba trava implantação do projeto Família Acolhedora na Capital

Ricardo Campos Jr. | 28/04/2015 15:47
Audiência pública debateu o assunto nesta terça (Foto^: Marcelo Calazans)
Audiência pública debateu o assunto nesta terça (Foto^: Marcelo Calazans)

Projeto Família Acolhedora, que paga um salário mínimo a voluntários para cuidar de crianças abrigadas, depende de recursos no valor de R$ 80 mil mensais para ser viabilizado. A estimativa é da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), que, sem repasse do Governo Federal para o desenvolvimento da iniciativa, arcará com os custos.

O assunto é tema de audiência pública na tarde desta terça-feira (28) na Câmara Municipal. Segundo o interino da SAS, Sérgio Adilson Decicco, o custo envolve tanto o dinheiro entregue às famílias como profissionais para treiná-las.

As dificuldades financeiras da Capital são um desafio para a implementação, prevista para o segundo semestre deste ano.

“Não é desconhecimento de ninguém que as receitas municipais têm caído bastante em função de diminuição de repasses de FPM e de outros recursos, de modo que isso se apresenta agora como agravante a mais. Quero deixar ressaltado que o prefeito está preocupado com essa situação em implantar adequadamente esse projeto”, diz o secretário interino.

Secretário interino na SAS diz que pretende viabilizar projeto no segundo semestre (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário interino na SAS diz que pretende viabilizar projeto no segundo semestre (Foto: Marcelo Calazans)
Juíza diz que famílias participantes serão treinadas antes de receber as crianças (Foto: Marcelo Calazans)
Juíza diz que famílias participantes serão treinadas antes de receber as crianças (Foto: Marcelo Calazans)

Implementação – A juíza da Vara da Infância e Juventude de Campo Grande, Katy Braun, explicou que será aberto edital para que as famílias interessadas em participar do programa se inscrevam. Inicialmente somente dez serão contempladas.

“Queremos começar com poucas famílias para fazer tudo com tranqüilidade e que esse treinamento seja de modelo para os demais”, explica. Ficará a cargo do município providenciar o treinamento e capacitação.

O Judiciário selecionará as crianças que serão atendidas. Podem ficar aos cuidados das famílias acolhedoras meninos e meninas de qualquer idade, mas as primeiras devem ter entre 0 a 3 anos. Hoje, segundo Katy, existem cerca de 200 crianças em abrigos, pelo menos 30 estão dentro dessa faixa etária. “A questão agora é encontrar uma verba para o sustento desse projeto”, diz.

Ana Paula Queiroz, representante do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, explica que os voluntários não poderão adotar as crianças que estiverem cuidando, sendo obrigadas a entregá-las caso apareçam pais adotivos ou parentes interessados em ficar com elas.

“Em vez de uma criança estar em um abrigo institucional, elas estariam com famílias voluntárias. Elas ficam nessa família até retornarem para os lares, no caro de integração familiar, ou até serem adotadas. São crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados e estão afastadas de suas famílias”, conclui.

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