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Capital

Falta material para diabéticos na rede pública de Campo Grande

Viviane Oliveira e Nadyenka Castro | 22/01/2013 17:33
Em Campo Grande estão cadastrados 23.937 pacientes que fazem tratamento regularmente de diabetes na Rede Municipal de Saúde. (Rodrigo Pazinato)
Em Campo Grande estão cadastrados 23.937 pacientes que fazem tratamento regularmente de diabetes na Rede Municipal de Saúde. (Rodrigo Pazinato)

Uma paciente diabética, de 31 anos, em Campo Grande, reclama que desde o começo do ano está com dificuldades para conseguir insulina e fitas de medição de glicemia por meio da Rede Pública de Saúde. Além dela, a sogra e a filha de 3 anos sofrem de diabetes e enfrentam a dificuldade, que é generalizada na rede pública.

Segundo a paciente, ela pega o medicamento na rede municipal há cinco anos e a filha passou a fazer o tratamento há 3 meses. “Desde o início do ano percebi que o problema na distribuição dos medicamentos estava com problemas. Por falta de material, a minha sogra passou a comprar insulina”, reclama.

O maior problema é a falta da fita de glicemia, que serve para medir a quantidade de glicose no sangue. Semana passada a paciente tentou pegar o medicamento no CEM (Centro Especializado Municipal), porém estava em falta e foi orientada a buscar no posto de saúde.

“Peguei uma caixinha com 25 unidades, que em quatro dias acabou. Segundo ela, a filha faz quatro medições por dia. Agora a orientação é ligar no CEM para ver se o material já foi disponibilizado.

O órgão que fornece a insulina é o Ministério da Saúde já a fita de glicose é de responsabilidade da Prefeitura. Conforme o Ministério, em junho do ano passado começou a ter dificuldade na distribuição porque a empresa responsável pela importação do medicamento teve problemas com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ainda de acordo com o órgão, a empresa já se readequou e promete resolver os problemas com a entrega dos medicamentos. Por conta disso, o Ministério da Saúde teve que racionalizar a insulina, antes eles mandavam uma grande quantidade em três em três meses. Agora passou a ser mensal.

Conforme a Prefeitura, a falta de seringas para insulina e medicamentos para diabetes foi um fato isolado. (Foto: João Garrigó)
Conforme a Prefeitura, a falta de seringas para insulina e medicamentos para diabetes foi um fato isolado. (Foto: João Garrigó)
Medicamentos utilizados por pacientes diabéticos. (Foto: João Garrigó)
Medicamentos utilizados por pacientes diabéticos. (Foto: João Garrigó)

A última remessa para Mato Grosso do Sul foi em dezembro do ano passado, quando foram enviados 17 mil frascos para o Estado, que fica responsável pela distribuição para os municípios. Esta quantia, segundo órgão, é suficiente para durar até o dia 28 deste mês, quando será enviado mais 15 mil frascos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a falta de seringas para insulina e medicamentos para diabetes foi um fato isolado causado por problemas pontuais na distribuição.

Conforme a assessoria, no estoque da rede municipal consta 60 mil seringas, além de medicamentos diversos para os pacientes, suficientes para abastecimentos da Rede Municipal de Saúde para os próximos 30 dias.

Segundo o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, houve problema de licitação para a compra de 213 medicamentos. No entanto o secretário afirma, que para solucionar a falta de seringas, algumas readequações já foram realizadas.

Números – Em Campo Grande estão cadastrados na Sesau (Secretária Municipal de Saúde) 4.200 pacientes dependentes de insulina de um total de 23.937 pacientes cadastrados que fazem tratamento regularmente de diabetes.

Como o Ministério ainda não normalizou a distribuição, o órgão disse que está procurando atender a todos os pacientes com uma menor quantidade de insulina para que não fiquem sem. Cada paciente recebe um ou dos frascos ao mês, dependendo da quantidade e do número de vezes que fazem a aplicação diária.

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