ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Família de gestante morta durante parto diz não ter recebido laudo

Ricardo Campos Jr. | 04/03/2011 14:24

Parentes ainda aguardam resultado da necropsia

Foto da gestante, antes da morte na maternidade.
Foto da gestante, antes da morte na maternidade.

A família de Roseleide Leite da Silva, 32 anos, afirmou que não teve acesso ao relatório feito por médicos legistas e patologistas, encaminhado à maternidade Cândido Mariano, que aponta uma doença rara como causa da morte da gestante durante uma cesariana no hospital ocorrida no último sábado (26).

Durante a manhã o diretor clínico da maternidade Benedito Neto, afirmou que parentes de Roseleide receberam uma cópia do laudo e foram inclusive convidados a comparecer ao local para maiores esclarecimentos.

Familiares entraram em contato com o Campo Grande News depois de acompanharem pela TV as informações divulgadas pelo hospital. Eles afirmam que receberam apenas um relatório médico relatando o que aconteceu na sala de parto. As informações repassadas pelo legista foram que o resultado do exame ficaria pronto em somente 15 dias.

O advogado da Associação das Vítimas de Erros Médicos Paulo Camaro, que cuida do caso de Roseleide orientou a família a não passar as informações que constam nesse documento, mas a prima da gestante Daiana Cardenas Bogado da Silva adiantou que não constam dados sobre a doença rara que levou a parente dela à morte.

A tia de Roseleide Roselei Cardenas Bogado da Silva afirmou ainda que nenhum membro da família recebeu convite da maternidade para comparecer ao hospital pela manhã.

Mistério - O diretor clínico do hospital afirmou durante coletiva realizada durante a manhã que não divulgaria dados sobre a doença ou os sintomas apresentados pela gestante por causa de questões éticas.

Ele adiantou que se trata de complicações inerentes somente ao parto e não aparecem nos exames pré-natais.

Em contato com médicos antigos, descobriu que há mais de 20 anos não havia vítima de tal patologia e que o caso de Roseleide pode ter sido o 2º registrado em Campo Grande e, portanto, não há motivo para que futuras mães entrem em pânico.

Morte - A gestante foi à maternidade acompanhada pela amiga Adriana Evangelista, 26 anos. Antes de seguir para o centro cirúrgico, tirou fotos com o próprio celular, já com as roupas apropriadas para a operação, e ligou para o marido.

Adriana relata que a gestante deu entrada às 7 horas e às 8h45 foi para o centro cirúrgico. Até as 13h30, horário que segundo Adriana recebeu orientação para chamar os familiares por conta de um imprevisto, nenhuma informação foi repassada.

No dia da morte a família diz ter conseguido acesso apenas ao laudo preliminar do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), que também não apontava causas precisas para a morte.

Nos siga no Google Notícias