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Capital

Família faz caminhada em busca de justiça pelo assassinato de Mayara

Suspeito de matar jovem continua foragido da Justiça

Leonardo Rocha e Mirian Machado | 01/10/2017 15:19
Protesto teve a participação de familiares e amigos de Mayara (Foto: Marina Pacheco)
Protesto teve a participação de familiares e amigos de Mayara (Foto: Marina Pacheco)

A família e amigos de Mayara Fontoura Hosback, de apenas 18 anos, que foi assassinada no dia 15 de setembro, realizou uma caminhada nesta tarde (01), pedindo justiça e a prisão do suspeito por este homicídio, Roberson Batista da Silva, que era namorado da jovem. Eles também fizeram questão de homenageá-la, citando que era uma menina alegre e de bem com a vida.

A caminhada está sendo realizada por um grupo de 30 pessoas, que estão com uma camiseta branca, com a foto de Mayara. Eles sairam da Praça Ary Coelho e seguem pela Avenida Afonso Pena, mas não vão atrapalhar ou paralisar o trânsito.

A irmã da vítima, Viviane Fontoura, de 20 anos, disse que o protesto é uma forma de pedir justiça e também homenagear  Mayara, que segundo ela, era uma pessoa alegre, que adorava dançar, fazer exercícios e ainda jogava handebol. "Nunca demonstrava tristeza, e entre 10 irmãos, era chamada de boneca de porcelana".

Sobre o crime, Viviane disse que apesar do suspeito ter passagem por tentativa de homicídio e fazer ameaças a irmã, ela nunca pensou que teria coragem de matá-la. "Não acreditávamos que ele fosse capaz de fazer isto".

Jéssica da Silva Fibelis, 26, amida de Mayara, disse que conhecia ela há cinco anos e que mesmo quando esta com problemas, sempre era agradável e alegre. "Ela trabalhou com meu marido, mas quando começou a namorar com este rapaz, acabou se afastando um pouco da gente, não consigo acreditar no que ocorreu", disse ela, emocionada.

A mãe de Mayara, Ana Fontoura Dias, de 41 anos, revelou que tem medo do acusado e que o mesmo já tinha feito ameaças contra a família, antes do crime. "Acredito que foi um crime planejado, pois cometeu um dia depois de sair da prisão, deve ter muito ódio no coração", lamentou.

Ela ainda acredita que o suspeito esteja foragido em Campo Grande. "Nunca pensei em estar em uma caminhada como esta, mas aconteceu comigo, no dia do crime eu passei mal, tive uma sensação ruim, que algo de errado tinha ocorrido com a minha filha, depois recebi a notícia".

Mãe de Mayara disse que foi um crime planejado contra sua filha (Foto: Marina Pacheco)
Mãe de Mayara disse que foi um crime planejado contra sua filha (Foto: Marina Pacheco)

Suspeito - Foragido há 16 dias, Roberson Batista da Silva, 32 anos, pediu na Justiça a revogação da prisão preventiva alegando que teme por sua integridade física. O pedido foi negado dia 27 pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida.

A prisão preventiva de Roberson foi decretada em audiência de custódia, um dia depois do crime. Na decisão, o juiz afirmou que não vê novos fatos que justifiquem reverter o flagrante e decretou a prisão preventiva do suspeito.

Crime - Conforme boletim de ocorrência, a jovem foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom. Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede). A tesoura, usada no crime foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.

À polícia, uma testemunha contou que na quinta-feira à noite, quando saía para trabalhar, viu a vítima com roupa de academia. Pouco tempo depois avistou o suspeito chegando em um veículo Fiat Siena prata, provavelmente um Uber. O autor entrou na residência, na sequência, o irmão da vítima saiu e foi trabalhar.

A irmã de Mayara, Viviane Fontoura Holsback, 20 anos, foi quem chamou a polícia. Ela ficou sabendo do homicídio quando foi informada pelo marido, que está preso.

Segundo parentes da vítima, após o crime, ele ligou para o marido de Viviane Fontoura Holsback, irmã de Mayara, que está preso, e confessou o assassinato dizendo: "o serviço está feito".

Grupo segue pela Avenida Afonso Pena, pedindo Justiça sobre o crime (Foto: Marina Pacheco)
Grupo segue pela Avenida Afonso Pena, pedindo Justiça sobre o crime (Foto: Marina Pacheco)
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