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Capital

Família retira móveis e reconstituição do caso “roleta-russa” é cancelada

Guilherme Henri | 25/10/2016 16:37
Casa em que a vítima morava localizada no bairro Coophavilla 2 (Foto: Luana Rodrigues)
Casa em que a vítima morava localizada no bairro Coophavilla 2 (Foto: Luana Rodrigues)

A Polícia Civil cancelou a reconstituição da morte de Klézio Ravel Paiva Fuzeta, 39 anos, que foi assassinado com um tiro na cabeça, na Rua do Arquipélago, no Bairro Coophavilla 2, em Campo Grande. A ação que estava prevista para tarde de hoje (25) não pode ser realizada, pois a família da vítima retirou os móveis da casa.

O caso aconteceu no dia 24 de setembro e ganhou repercussão, pois inicialmente foi tratado como “roleta-russa”. No entanto, investigação da Polícia Civil desmontou a versão e indiciou a namorada da vítima, Arlene Muniz Elias, 29 anos pelo crime de homicídio qualificado.

De acordo com o delegado que comandou as investigações, Edmílson Holler, da 6ª Delegacia de Polícia, embora a reconstituição tenha sido cancelada o trabalho da polícia não deve ser prejudicado. “A ação é facultativa, ou seja, não é obrigatória a realização da reprodução do caso. Prova disso foi a conclusão do inquérito, que aconteceu no dia 6 deste mês”, explica o delegado, que ainda detalhou que a família retirou os moveis, pois a residência era alugada. “Sem móveis seria impossível realizar a reprodução”, afirma.

Klezio Ravel Paiva Fuzeta, 39 anos foi encontrado morto com um tiro na cabeça (Foto: Reprodução/Facebook)
Klezio Ravel Paiva Fuzeta, 39 anos foi encontrado morto com um tiro na cabeça (Foto: Reprodução/Facebook)

Depoimento - em depoimento Arlene manteve a versão de roleta-russa e afirmou que o namorado cometeu suicídio, no entanto, o laudo pericial constatou que havia fragmentos de chumbo compatíveis com disparo de arma de fogo na mão dela e não na dele. “Ela tinha muito ciúmes do namorado”, diz a autoridade policial.

Conforme as investigações, a mulher mantinha relacionamento amoroso com a vítima há alguns meses e não aceitava o fim do relacionamento. No dia do crime, os dois discutiram em uma tabacaria, na Rua Brilhante. A briga foi presenciada por diversas pessoas, que estavam no local, inclusive por seguranças que impediram a acusada de retornar ao estabelecimento.

Sob efeito de álcool e descontrolada, a mulher foi até a residência do namorado, o esperou chegar e usando um revólver calibre 22, que pertencia a Klézio, teria disparado contra ele. Em seguida, a mulher tentou simular a ocorrência de suicídio, conforme a denúncia do Ministério Público. “A denunciada colocou a arma próxima das mãos da vítima, que foi encontrada deitada sobre a cama”.

Ainda de acordo com a denúncia, ficou comprovado que Arlene agiu por motivo torpe, pois não aceitava o fim de relacionamento e, atirou no momento em que Klézio não esperava. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e a primeira audiência sobre o caso está marcada para o dia 21 de novembro deste ano. Klézio deixou uma filha de 11 anos, que vivia com ele.

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