Famílias têm um mês para regularizar situação do Bolsa Família

Famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família e que estão irregulares em quesitos relacionados às áreas da saúde e educação têm até o dia 26 de agosto para justificar o descumprimento das regras. O serviço é oferecido nos 21 Cras (Centros de Referência da Assistência Social) de Campo Grande. Ao todo, 1.770 famílias estão irregulares na cidade.

Para regularizar a situação, é necessário levar os documentos pessoais de todos os membros da família, incluindo um documento com foto do responsável do núcleo familiar, além de comprovante de residência.

Esta é a segunda edição do “Conversa com o Bolsa Família”, feito pela superintendência da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social). A primeira aconteceu nesta quarta-feira (26). As reuniões contam com a presença de profissionais da Educação e da Saúde do município para esclarecer e explicar as condicionalidades às famílias.

A ação reuniu quase 900 usuários no Cras Vida Nova. Durante o evento, a prefeita Adriane Lopes (PP) ressaltou a importância do benefício.

“Me deparo com mães que perderam o benefício porque não ficaram atentas às regras. Na Saúde, é preciso observar o calendário de vacinação e na Educação, as crianças precisam ter presença, não basta apenas fazer a matrícula. Nós mulheres precisamos direcionar nossos filhos, é nossa responsabilidade. Valorizem a equipe dos nossos Cras porque elas trabalham com amor para atender a comunidade de todo o território”.

José Mário Antunes, secretário de Assistência Social do município, acrescentou que as famílias que não justificarem o descumprimento das regras podem ter o benefício bloqueado. “É muito importante buscar orientações em uma unidade do Cras, caso nossas equipes tenham entrado em contato, porque muitas vezes esse dinheiro é a única renda da família”.

Famílias - Maria Pereira da Silva Souza recebe R$ 650,00 do benefício e foi até à unidade Estrela do Sul para receber orientações, porque o filho Cícero, de 6 anos, precisou se ausentar das aulas por várias semanas devido a problemas de saúde. Mesmo apresentando atestados médicos na escola, ela foi convocada a ir até o local.

“Sempre aviso quando tem algum problema, por isso nunca tive meu benefício bloqueado, porque acompanho as mensagens que recebo aqui do Cras e qualquer coisa venho aqui para resolver”, disse.

A dona de casa Ana Carolina Pereira também foi ao Cras justificar as ausências na aula da pequena Ketellyn Vitória, que teve problemas na coluna e acabou excedendo o número de faltas permitido. Ela é mãe de seis crianças e afirma que acompanha todas as regras e mudanças do programa. O dinheiro, R$ 1,2 mil, é usado para fazer a compra dos alimentos para a família.

Requisitos - No mês de julho, o programa atendeu 63 mil famílias em Campo Grande. Para receber o benefício, na área da educação, é preciso apresentar frequência escolar mínima de 60% para beneficiários de 4 a 6 anos de idade incompletos e 75% para os beneficiários de 6 anos a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica.

Já no quesito geral, as famílias precisam cumprir requisitos exigidos, como a realização de pré-natal, cumprimento do Calendário Nacional de Vacinação e o acompanhamento do estado nutricional para crianças de até 7 anos incompletos.

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