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Capital

Farmacêuticos protestam por reajuste, mas manifestação acaba na delegacia

Francisco Júnior | 03/07/2013 12:38
Farmacêuticos protestam por reajuste, mas manifestação acaba na delegacia
Protesto foi realizado em frente a Delegacia Regional do Trabalho. (Foto: Divulgação)

Um grupo de 40 farmacêuticos realizou um protesto pelo aumento do piso salarial na manhã (3) de hoje em frente a DRT (Delegacia Regional do Trabalho) de Campo Grande, na rua 13 de maio, região central. No fim da manifestação acabou ocorrendo uma confusão no local e um integrante do sindicato patronal agrediu com soco um dos farmacêuticos que estava protestando.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro sobre o ocorrido.

O protesto se concentrou em frente à delegacia porque no local aconteceu uma reunião que debateu o aumento salarial e outros oito pontos reivindicados pelos profissionais. Atualmente, o farmacêutico ganha R$ 1.620, por 44h trabalhadas e mais R$ 1,10 de abono de permanência por hora efetivamente trabalhada, totalizando R$1.862,00.

Segundo o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Luiz Gonçalves Mendes Junior, Mato Grosso do Sul tem o quarto pior piso salarial, ficando a frente apenas do Amazonas, Paraíba e Pernambuco. Segundo ele, a categoria está toda mobilizada por essa causa. “Os farmacêuticos estão juntos como nunca estiveram e agora é a hora de ir para as ruas para reverter essa situação humilhante”, afirma o sindicalista.

A farmacêutica Maria Jacqueline Silva Batista, de 29 anos, veio do Ceará há 2 anos para trabalhar em Campo Grande. Ela considera o piso pago no Estado uma vergonha. “Se eu for viver só do meu salário eu passo fome”, afirma.

Hoje, o Sinfar/MS (Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso do Sul) promove uma audiência pública para debater o piso da categoria A reunião será realizada às 18h, na Câmara Municipal de Campo Grande.

Confusão - O CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia) divulgou uma nota lamentando o episódio de agressões físicas e verbais durante o protesto.

"Diante do ocorrido, o CRF/MS reafirma, publicamente, seu posicionamento de pleno apoio às manifestações democráticas pela valorização profissional do Farmacêutico, porém, sempre de forma ordeira e respeitosa, repudiando quaisquer extrapolações aos limites da moral, da ética e do respeito à pessoa humana", informa o conselho em nota.