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Capital

Fila da "gasosa" vira programa de sábado e tem Procon impedindo restrição

Alguns motoristas deram uma "escapadinha" da fila para irem até conveniências

Guilherme Henri e Humberto Marques | 26/05/2018 20:42
Frentista de posto segurando placa com "regras" para abastecer em posto (Foto: Fernando Antunes)
Frentista de posto segurando placa com "regras" para abastecer em posto (Foto: Fernando Antunes)

Campo-grandenses trocaram a tradicional “saidinha” de sábado para ficar em filas de postos de combustíveis na esperança de conseguirem abastecer pelo menos 20 litros de gasolina. Porém, nem isso foi empecilho para alguns. Segundo relatos de motoristas, alguns estão deixando os veículos “guardando lugar” enquanto quem conduz dá uma esticadinha até a conveniência mais próxima.

Além disso, as filas nos postos se tornaram postagens obrigatórias em redes sociais, como o Facebook, e “point” de encontro de famílias inteiras, já que um avisa o outro onde a gasolina chegou.

Neste cenário, o destaque foi para os frentistas dos postos onde a gasolina acabou. Neles, os funcionários responsáveis por abastecer os veículos estavam cabisbaixos ao lado das bombas e usavam as mãos para sinalizar aos clientes que o combustível ali “já era”.

O Posto Katia Locatelli, localizado entre a avenida Salgado Filho e Calogeras, recebeu 10 mil litros de gasolina sob forte escolta policial. Sabendo da notícia, motoristas chegaram rapidamente ao local. Ali, a informação era de que motoristas só poderiam colocar 20 litros cada, contudo, o Procon chegou ao lugar e impediu a restrição, disseram motoristas.

A fila começava perto do posto, na avenida que dá acesso ao Parque de Exposições Laucidio Coelho. De lá, virava a quadra, percorria de quatro a cinco quarteirões, para só então chegar novamente perto do posto.

Advogado Pedro Douglas da Silva (Foto: Fernando Antunes)
Advogado Pedro Douglas da Silva (Foto: Fernando Antunes)

Na espera, o programador Thiago Imperial, conta que chegou ao posto por volta das 18h. O que chamou a atenção é que no espaço de meia hora precisamente outros 77 motoristas alongaram a fila de espera. “Iria fazer compras com a família no Açaí quando vi o caminhão descarregando o combustível no posto. Daí resolvi aproveitar ou não ia conseguir ir trabalhar na segunda-feira”, afirma.

O primeiro da fila era o advogado Pedro Douglas da Silva. Ele relata que chegou ao posto às 17h, e já avisou ao pai sobre a disponibilidade da gasolina ali. “Ia visitar amigos região do Dama quando soube que aqui tinha combustível. A expectativa é de abastecer o tanque”, diz.

Edson Dias, é um dos frentistas do lugar. Ele explica que para atender a demanda, o posto ficará aberto 24h. Contudo, ele adianta que se o ritmo continuar o mesmo, o combustível deve acabar nas primeiras horas da manhã de domingo (27).

Onde mais? Na Capital, serão dez caminhões-tanques com dez mil litros de combustíveis. Na ação da Raízen contra a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), a empresa alega que desempenha papel relevante em Campo Grande, pois, a partir de sua base local, movimenta diariamente 800 m³ (metros cúbicos) de combustível, incluindo diversas empresas de ônibus, bem como grande parte dos postos que fornecem combustível para o transporte privado da população.

Já a Petrobras informou que movimenta 47 milhões de litros mensais de combustíveis, que corresponde à quase metade do mercado de Mato Grosso do Sul.

Policiais militares do Batalhão de Choque escoltando caminhão tanque com gasolina (Foto: Fernando Antunes)
Policiais militares do Batalhão de Choque escoltando caminhão tanque com gasolina (Foto: Fernando Antunes)
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