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Capital

Filho de massagista some após virar réu junto à mãe pela morte de chargista

Oficial de justiça tentou por duas vezes fazer a intimação, mas em nenhum dos endereços encontrou o rapaz

Mirian Machado | 16/02/2021 14:19
Local onde restos mortais de chargista foram encontrados (Foto: Kísie Ainoã)
Local onde restos mortais de chargista foram encontrados (Foto: Kísie Ainoã)

João Victor Silvestre de Azevedo Leite, de 21 anos, filho da massagista Clarice Silvestre de Azevedo, de 44 anos, sumiu após se tornar réu junto à mãe, pela morte do chargista Marcos Antônio Rosa Borges, de 54 anos, em novembro de 2020. O oficial de justiça tentou por duas vezes fazer a intimação, mas em nenhum dos endereços encontrou o rapaz.

Clarice responde por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), além da ocultação e destruição de cadáver. Já o filho por ocultação de cadáver e também por concurso de pessoas

Conforme o processo, no dia 13 de janeiro o juíz Carlos Alberto Garcete de Almeida mandou o oficial de justiça intimar mãe e filho para responder a acusação por escrito no prazo de dez dias.

No dia 25 de janeiro o oficial de justiça informou não ter conseguido intimar João Victor por não estar no endereço citado. No local, o oficial foi atendido por uma mulher que disse ser inquilina do imóvel e alegou não conhecer o réu.

Quatro dias depois, a promotoria informou novo endereço para a intimação do filho da massagista, porém novamente João Victor não foi encontrado.

Segundo informou o servidor público, por meio de certidão no dia 8 de fevereiro, no endereço citado reside a avó materna do réu. A mulher informou que João morou ali quando criança e há muito tempo não mora mais com ela. Disse ainda não saber onde o neto está. Foi feito também contato por telefone, porém sem sucesso.

Na semana passada o MPMS informou mais um endereço na tentativa de encontrar o filho de Clarice e agora aguarda deferimento.

João Victor Silvestre de Azevedo ajudou a mãe a esquartejar o corpo do chargista, colocar em malas, jogar num terreno e ainda por fogo.

Clarice com o rosto coberto ao chegar à delegacia no dia 24 de novembro (Foto: Paulo Francis)
Clarice com o rosto coberto ao chegar à delegacia no dia 24 de novembro (Foto: Paulo Francis)

O caso – A família do chargista denunciou o desaparecimento dele, no dia 21 de novembro, à DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios). As investigações apontaram Clarice como suspeita. A vítima era cliente dela e também mantinha relacionamento amoroso e sumiu depois de ser vista na rua da casa dela, no Monte Castelo.

Clarice chegou a combinar de ir à delegacia falar do caso, mas desapareceu. Só se entregou no dia 24, em São Gabriel do Oeste, depois de ser convencida pelos filhos. A prisão temporária dela já havia solicitada.

Ela disse ter cometido o crime em momento de fúria por ter levado um tapa de Marcos. A reportagem do Campo Grande News apurou que está sendo investigado ainda se o crime foi premeditado e se Clarice mentiu sobre a agressão. Essa análise depende de resultados de perícia em execução.

Com o retorno do Judiciário, no dia 8, a ação penal foi distribuída para o juiz Carlos Alberto Garcete, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Agora, depois de recebidas as defesas preliminares, vão ser marcadas as audiências de instrução, para ouvir testemunhas e os réus.

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