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Capital

Fim de greve dos médicos não põe fim à longa espera nos postos de saúde

Flávia Lima, Luana Rodrigues e Aline dos Santos | 02/06/2015 08:30
População busca atendimento na UPA Universitária, onde médicos não regularizaram atendimento. (Foto:Marcos Ermínio)
População busca atendimento na UPA Universitária, onde médicos não regularizaram atendimento. (Foto:Marcos Ermínio)

Mesmo após acordo assinado com a prefeitura para colocar fim à greve, a população não está encontrando médicos em algumas unidades de saúde. É o caso da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitária, onde pacientes ainda tem dificuldade para encontrar profissional para atendimento. Na fachada do prédio também ainda há cartazes anunciando a paralisação.

Foi o que aconteceu com Cleiton Pires, 35, que buscou ajuda para a esposa que reclamava de dor no estômago. Ele conta que chegou à UPA por volta das 6h30, mas a recepcionista disse que teria que aguardar porque só havia dois médicos na unidade.

Algum tempo depois chegaram outros dois profissionais que informaram que o acordo sobre o fim do movimento ainda precisaria ser publicado no Diário Oficial do município. “Acho que as pessoas, quando passam em concursos têm que honrar a função, principalmente o médico que está lidando com vidas”, ressalta Cleiton.

A dona-de-casa Maria Aparecida, 55, e o marido, Adão dos Santos, 56, já haviam estado na UPA nesta segunda-feira, onde ficaram das 8 às 18 horas aguardando atendimento, sem sucesso. Retornaram hoje na tentativa de ter mais sorte.

Todos os pacientes estavam passando por triagem, mas não havia previsão do tempo de espera para atendimento.

Em tese, a greve dos médicos da rede municipal chegou ao fim após 17 dias em Campo Grande. Conforme a assessoria de imprensa do SindMed/MS (Sindicato dos Médicos), o retorno foi na noite de ontem. Com o acordo, os profissionais encerraram a escala de apenas 30% do efetivo na rede 24 horas, composta pelas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde).

Ontem, o procurador-geral do município, Fábio Castro Leandro, afirmou que o acordo foi formalizado no sábado e anexado à ação sobre a greve que tramita no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

A proposta de acordo prevê uma data para a concessão de reajuste salarial, principal ponto das reivindicações, que ficou para o mês de agosto, além do retorno das gratificações e o não prejuízo financeiro à categoria.

Segundo o sindicato da categoria, nesta terça-feira está prevista normalização do atendimento ambulatorial nas UBS (Unidade Básica de Saúde) e UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família), que estavam suspensos desde15 de maio. A estimativa é que a paralisação tenha prejudicado 39,4 mil pessoas.

O sindicato afirma que 1,4 mil profissionais cruzaram os braços no período da greve, no entanto a prefeitura informa número de 1,2 mil médicos.

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