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Capital

Flagrado em extorsão com ex-comandante foi agente da Polícia Civil

Aline dos Santos | 27/05/2021 12:19
Reginaldo será monitorado com tornozeleira eletrônica. (Foto: Reprodução/Facebook)
Reginaldo será monitorado com tornozeleira eletrônica. (Foto: Reprodução/Facebook)

Preso ontem em flagrante de extorsão em Campo Grande, Reginaldo Freitas Rodrigues, 62 anos, foi agente da Polícia Civil até 1986. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado de 12 de março daquele ano.

À época, ele tinha cargo em comissão de agente de polícia, lotado na Secretaria de Segurança Pública. O documento não detalha o motivo da exoneração. Reginaldo não tem mais vínculo com a Polícia Civil e nem consta no Portal de Transparência do governo de Mato Grosso do Sul.

 Antes da Constituição Federal de 1988, era permitido ingresso de nomeados na Polícia Civil. Após a Constituinte, o concurso se tornou exigência.

Reginaldo Rodrigues foi preso com o ex-comandante da PM (Polícia Militar), José Ivan de Almeida, 66 anos, que também foi deputado estadual. Eles estavam no portão da casa de um empresário, no Bairro Amambaí, que denunciou ser vítima de extorsão e que a dupla atuava em nome de Patrick Samuel Georges Issa, 43 anos.

A ação foi acompanhada à distância por policiais. Na manhã de ontem, o Coronel Ivan chegou ao bairro Amambaí de Uno, enquanto Reginaldo chegou num Monza. A vítima, um engenheiro de 46 anos, era compelida a entregar a caminhonete que estava na garagem para os “cobradores”.

Na sequência, Patrick Issa foi preso em seu escritório no Bairro Chácara Cachoeira.  Ele é sobrinho de Fahd Jamil, mais conhecido como Rei da Fronteira e preso na operação Omertà.

A ação foi do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)

As vítimas, que são sócias em empresa do ramo de hidráulica, relatam que a dívida de R$ 80 mil saltou para R$ 281 mil, além de já terem pagos R$ 150 mil. Nesta quinta-feira, o juiz Francisco Vieira de Andrade Neto concedeu liberdade provisória para os três presos. Todos devem manter distância de 300 metros da vítima, enquanto Coronel Ivan e Reginaldo Rodrigues serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Conforme a advogada Priscila de Oliveira Camargo, Reginaldo nega a extorsão e relata que não houve nenhum tipo de ameaça. Ele foi agente da Polícia Civil por cinco anos.

Decreto de exoneração de Reginaldo Freitas Rodrigues foi assinado em 11 de março de 1986.
Decreto de exoneração de Reginaldo Freitas Rodrigues foi assinado em 11 de março de 1986.


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