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Capital

Floricultura abandonada vira refúgio para bandidos e usuários de drogas

Quem pega ônibus nas proximidades reclama do cenário de insegurança depois que o comércio fechou

Marcus Moura | 03/05/2017 13:28
Há dois meses o local, que antes abrigava flores, serve de esconderijo para usuários de drogas e bandidos. (Foto: Marcus Moura)
Há dois meses o local, que antes abrigava flores, serve de esconderijo para usuários de drogas e bandidos. (Foto: Marcus Moura)

Entulho, garrafas de bebidas e um cenário de abandono e insegurança foi o que sobrou de uma floricultura na Avenida Antônio Teodorowick, no Bairro Carandá Bosque, região considerada área nobre em Campo Grande.

Quem pega ônibus nas proximidades reclama que o local virou esconderijo para usuários de drogas e bandidos. Até um cofre arrombado foi deixado para trás.

Em ranking do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) como um dos cinco bairros mais importantes de Campo Grande, o Carandá Bosque é moradia de famílias tradicionais e influentes da cidade, como o atual prefeito, Marquinhos Trad (PSD). 

Todos os dias o pedreiro João Alvares dos Santos, 55 anos, tira alguns minutos do serviço e caminha até o ponto de ônibus em frente ao prédio que abrigava a floricultura para esperar a mulher, o medo de ser assaltado mudou a rotina do casal que trabalha na região.

“Moro lá no Morenão e entro mais cedo que ela no serviço, todos os dias nesse horário - por volta das 8h da manhã - eu venho esperar ela no ponto, depois que a floricultura fechou esse lugar virou ponto pra usuários de drogas e esconderijo para bandidos”, relata.

Por lá os assaltos acontecem a luz do dia. “Como ela é mulher, os bandidos se aproveitam disso, depois que ela teve que correr de uma tentativa de assalto combinamos que eu irei acompanha lá todos os dias”, acrescenta ele.

Com medo da criminalidade, todos os dias João vai encontrar sua companheira no ponto de ônibus. (Foto: Marcus Moura)
Com medo da criminalidade, todos os dias João vai encontrar sua companheira no ponto de ônibus. (Foto: Marcus Moura)

Expondo uma realidade corriqueira, a diarista Lucimar Arguim, 34 anos, conta que já tem técnicas para garantir a segurança. “Eu fico perto do ponto de ônibus, quando vejo que tem gente esperando o ônibus, eu espero junto, mas quando não tem ninguém eu fico olhando de longe”, conta, preocupada.

“Graças a Deus eu nunca fui assaltada aqui, mas tenho amigas que trabalham no bairro que já foram e, por isso, eu tenho medo”, acrescenta a diarista.

Segurança – O Campo Grande News em contato com o oficial de área do 9° Pelotão da Polícia Militar, responsável pela patrulha e ronda do bairro, mas as ligações não foram atendidas.

No início do mês passado, em entrevista ao Campo Grande News, o tenente Valdemir da Silva Andrade garantiu que o efetivo da PM faz rondas diariamente pelo bairro. Na época, ele ressaltou a importância do registro de ocorrências como assalto e furtos, pois, segundo ele, só assim é possível identificar os pontos críticos para atuação da polícia.

Floricultura – Há aproximadamente dois meses o local que abrigava uma floricultura mudou deixando um cenário de destruição. Portas, janelas e grades foram arrancadas e nem o telhado escapou. O Campo Grande News tentou entrar em contato com o proprietário da Floricultura, por meio do telefone, porém ninguém atendeu as ligações.

De acordo com a lei municipal n° 2909, de 28 de Julho de 1992, a limpeza e conservação de terrenos particulares são de responsabilidade do proprietário. Além disso, para estar de acordo com a legislação os terrenos devem estar sempre limpos, calçados e com um cercado, muro ou estrutura metálica, de no mínimo 1,50 metro. Quem encontrar construções que não atendam a essas especificações pode denunciar pelo telefone 156.

Confira a galeria de imagens:

  • Até um cofre arrombado foi deixado para trás. (Foto: Marcus Moura)
  • Ponto de ônibus próximo ao prédio abandonado se tornou alvo fácil dos bandidos. (Foto: Marcus Moura)
  • (Foto: Marcus Moura)
  • (Foto: Marcus Moura)
  • (Foto: Marcus Moura)
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