Fria, assassina se 'fez de amiga' para matar Victoria com tiro na cabeça
Crime aconteceu em julho; Justiça marca audiência para ouvir testemunhas
"Uma pessoa de sangue frio". É assim que um mototaxista de 36 anos classifica Thamara Arguelho de Assis, 21 anos. Ele é uma das testemunhas que prestará depoimento à Justiça no dia 18 de outubro, na primeira audiência sobre a morte de Victoria Correia Mendonça, de 18 anos.
O crime ocorreu no dia 19 de julho, a acusada confessou e está presa. Neste primeiro momento, o juiz Aluisio Pereira dos Santos vai ouvir testemunhas de acusação. Depois será marcada uma segunda audiência para que sejam interrogadas as testemunhas de defesa.
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Entre as 12 pessoas marcadas para serem ouvidas pela Justiça está o mototaxista, que retirou Thamara do local do crime, logo após ela atirar em Victoria. O homem é uma das principais testemunhas do caso, já que ouviu os disparos feitos pela autora e conversou com ela logo após o crime.
Em depoimento à polícia, ele citou Thamara como “uma pessoa de sangue frio”, porque no dia da morte de Victoria chegou a acreditar que as duas eram amigas e ouviu de Thamara a frase: “Eu me fiz de amiga mesmo para poder matar ela”.
Também será interrogado Weverton Silva Ayva, 28 anos, conhecido como “Boneco”. Ex-namorado de Thamara, e atual de Victoria, ele teria sido o pivô do crime, já que a acusada afirmou em depoimento a polícia que matou a vítima por ciúmes dele.
A Justiça também vai ouvir a mãe e a avó de Thamara, que na época do crime, disseram a polícia que a garota “é muito perturbada, mas não é perigosa”, além de que “não é uma pessoa má, mas vive no meio de gente que faz coisas muito erradas e acaba fazendo ou sendo influenciada a fazer”.
O crime - Victoria foi morta com um tiro na cabeça e outros três pelo corpo, na madrugada de terça-feira (19), na Rua Luiz Bento, Vila Popular, em Campo Grande. Uma testemunha contou à polícia que a vítima discutia com uma mulher em frente de casa, quando foram feitos cinco disparos.
A autora era Thamara, presa no dia 22 de agosto. “Para quê esta arma e aquele mototaxista na esquina?”. “Porque eu vou te matar, vagabunda”. Estas foram as últimas palavras trocadas entre as duas.
O diálogo foi relatado por Thamara à delegada Rosely Dolor, da 7ª DP (Delegacia de Polícia), que classificou a autora como “fria e perigosa”. O motivo do crime? Ciúme.
Segundo Thamara, no fim de semana anterior, Victória postou no Facebook uma foto ao lado de Weverton Silva Ayva, de 28 anos – o rapaz, por sua vez, seria ex-namorado de ambas.
Naquela noite de terça, Thamara contou à polícia que tomou quatro latinhas de cerveja, pegou um revólver – não soube especificar qual e que até agora não foi encontrada – chamou um mototaxista e foi até a casa da ‘rival’, na Vila Popular.
Chegando lá, mandou o piloto ficar na esquina e foi tirar satisfações com Victória, quando aconteceu o diálogo derradeiro. Em seguida, a garota pegou o mototáxi e fugiu, passando os dias seguintes perambulando pelas casas de parentes – sem, segundo a própria, ter ido para Aquidauana, como chegou a ser divulgado em outras ocasiões.
Em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, Weverton confirmou ter encontrado Victória no fim de semana antes do crime. A garota, inclusive, teria dormido na residência dele.
Até agora a arma do crime não foi localizada. Thamara está em uma cela do Presídio Feminino Irmã Zorzi, em Campo Grande, desde que se apresentou a polícia. Ela está grávida de três meses de Weverton e aguarda julgamento.