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Capital

Funcionários da escola e pais de alunos não desconfiavam de professor

Jorge Almoas e Paula Vitorino | 09/02/2011 18:45

Os funcionários da escola municipal do bairro Oliveira III e os moradores do bairro ouvidos pelo Campo Grande News são unânimes em dizer que não desconfiavam do professor de Língua Portuguesa, suspeito de ter estuprado um aluno de 11 anos.

A reportagem conversou com funcionários da escola, que relataram que o professor era uma pessoa tranquila e não demonstrava qualquer tipo de problema. Os funcionários disseram que antes de lecionar na escola, o acusado pelo estupro era monitor do local, até que foi aprovado em concurso público.

Funcionárias que atuam na limpeza da escola desconfiam da denúncia de que os estupros cometidos pelo professor contra o aluno de 11 anos eram realizados depois do horário de aula.

“Ficamos na porta esperando a aula terminar para poder limpar a sala”, contaram as faxineiras.

A direção da escola disse que não vai se pronunciar sobre o caso até que o estupro seja confirmado. O Campo Grande News apurou que o aluno de 11 anos estudou apenas três meses na escola do bairro Oliveira III, mudando de escola no final de outubro do ano passado.

A mãe da vítima de abuso sexual realizou denúncia contra o professor em janeiro de 2011, alegando que o filho foi estuprado em 16 ocasiões.

Sem conhecimento – O Campo Grande News conversou com algumas mães de alunos da escola municipal. A camareira Marluce Ana da Silva, de 43 anos, é avó de um aluno de seis anos que estuda no local desde 2010.

“Conheço esse professor de vista, da época em que era monitor. Fiquei sabendo do estupro pela imprensa e pelos comentários do bairro”, disse Marluce.

A camareira acrescentou que alguns pais estão mobilizando um abaixo-assinado contra a direção da escola. “A diretoria não se pronuncia e não comenta com os pais”, falou Marluce.

A filha de Marluce, mãe da criança de seis anos, adotou o costume de verificar o filho, “Ela olha tudo nele pra ver se tem algo de diferente. Apesar de muito pequeno, temos medo de que alguém possa se aproveitar”, falou a avó.

A dona de casa Adimeire Aparecida Furtado, de 33 anos, tem quatro filhos que estudam na escola. “Não soube de nada, nem ouvi comentário. Conheço o professor, mas aqui foi tudo sempre muito tranquilo”, afirmou Adimeire.

Outras duas mães, que não quiseram se identificar, comentaram o caso do estupro. A primeira, que tem duas filhas que estudam na escola, relatou que o acusado não deu aulas para as filhas. “Achava que ele era gay na época que era monitor. Mas descobri depois que o sujeito era casado”, disse a moradora.

“Fico apreensiva. Onde era para os nossos filhos terem segurança e acontece algo desses”, comentou a segunda mãe.

Nenhum dos pais ouvidos conhecia o garoto.

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