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Capital

Funcionários suspendem greve por 10 dias e creches voltam a funcionar

Aliny Mary Dias e Zana Zaidan | 13/05/2014 07:27
Aulas voltaram ao normal hoje nos Ceinfs (Foto: Zana Zaidan)
Aulas voltaram ao normal hoje nos Ceinfs (Foto: Zana Zaidan)

Depois de intensas negociações com a Prefeitura da Capital e uma assembleia entre os trabalhadores terceirizados dos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), os funcionários decidiram voltar ao trabalho e suspender a greve por 10 dias.

Na manhã desta terça-feira (13), as creches voltaram a funcionar, mas em muitas delas o movimento de alunos é fraco, já que a decisão dos trabalhadores em voltar às funções só ocorreu na noite de ontem.

Segundo a presidente do Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional), Maria Joana Pereira, a decisão em suspender a greve foi de uma comissão composta por sete recreadoras.

“Elas decidiram voltar porque se sensibilizaram com as crianças e com o prefeito que nos ouviu. Agora vamos voltar ao trabalho”, diz. Uma nova reunião entre o sindicato, comissão de trabalhadores e o prefeito Gilmar Olarte (PP) está marcada para o dia 23 de maio.

Ainda segundo o sindicato, a proposta da Prefeitura continua a mesma de antes do início da greve. Os funcionários pedem reajuste salarial de 20%, diminuição da jornada de trabalho de 8 para 6 horas e licença-maternidade de seis meses. Em contrapartida, a administração da Capital oferece aumento de 8% e jornada de 7 horas.

No Ceinf da Vila Nha-nhá, aulas voltaram ao normal (Foto: Zana Zaidan)
No Ceinf da Vila Nha-nhá, aulas voltaram ao normal (Foto: Zana Zaidan)

Volta às aulas -No Ceinf da Vila Nha-nhá, os funcionários voltaram ao trabalho, mas o movimento de alunos foi abaixo do que em dias normais. Um dos motivos é que muitos pais ainda não sabem da suspensão da greve.

Uma das mães é Aline Lopes, 23 anos. Ela conta que ontem levou o filho de 1 ano e 6 meses ao Ceinf e teve que voltar para casa. Hoje, depois de ver vizinhas levando as crianças para a creche, arrumou a filha e levou para o Ceinf.

Mario Duarte Nantes, 40 anos, é pai de um menino de 4 anos e conta que passou pela mesma situação. “Ontem meu filho ficou com a minha menina mais velha e hoje soube que estava normal e trouxe ele”, comemora o pai.

Paralisação - A suspensão das atividades dos trabalhadores dos Ceinfs afetou cerca de 40% das unidades da Capital segundo a Prefeitura. No entanto, o sindicato afirmou durante as assembleias que a greve afetou 80% das creches. Em toda a Capital, 2,5 mil profissionais atuam no setor e 1,9 mil são terceirizados, que participaram da paralisação.

O movimento teve início nas primeiras horas da manhã em mobilização na Praça do Rádio Clube. Os trabalhadores seguiram em passeata até a Prefeitura da Capital onde se reuniram com Olarte. Irredutível, o prefeito não cedeu e os trabalhadores ameaçaram em continuar com a paralisação.

No fim da tarde de ontem (12), outra reunião com o prefeito e no início da noite uma assembleia geral de funcionários decidiu por suspender a greve por 10 dias.

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