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Capital

Garoto se entrega e admite estupro de uma das vítimas de assalto em chácara

João Humberto | 03/01/2011 20:17
Adolescente que participou de crime ocorrido numa chácara da Capital sendo encaminhado a uma Unei. (Foto: João Humberto).
Adolescente que participou de crime ocorrido numa chácara da Capital sendo encaminhado a uma Unei. (Foto: João Humberto).

O adolescente de 15 anos, que participou de um assalto seguido de violência sexual contra duas mulheres, uma delas grávida de oito meses, numa chácara na região da avenida Três Barras, no Jardim Itamaracá, se apresentou hoje à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

No local o menor foi ouvido pelo delegado Maércio Alves Barboza e negou que tenha praticado estupro contra a gestante, mas afirmou que fez sexo com a outra mulher.

O crime aconteceu na noite do dia 23 de dezembro e teve a cooperação do caseiro da chácara, conforme detalhou Wanderlei Rocha da Luz, 30, capturado pelo 10º Batalhão da PM (Polícia Militar) do bairro Moreninhas, com auxílio do Serviço Reservado da PM no dia 25. Ele estava em sua casa, uma chácara de nome Estância Estrela, próxima do local onde cometeu o assalto e a violência sexual.

A captura de Wanderley foi possível depois que a polícia mostrou fotos de suspeitos para as vítimas, que reconheceram o autor do crime. Ele tem passagens policiais por porte ilegal de arma e receptação e contou à polícia que teve ajuda do adolescente, frisando que o crime só foi executado mediante informações repassadas pelo caseiro da chácara, João Antonio Rosa Neves.

O crime foi planejado doze dias antes da execução, conforme Wanderley. Depois de abordarem a família com revólver e facas, os ladrões obrigaram as mulheres a ficarem nuas. Quando se despiu, a grávida de oito meses ajoelhou e implorou para não ser estuprada, temendo pela saúde do bebê.

Na versão do adolescente, ele e Wanderley penetraram a outra mulher, mas a gestante foi obrigada a fazer sexo oral no comparsa. De acordo com versão das vítimas à polícia, durante três horas, as duas se revezavam: enquanto uma praticava sexo oral em Wanderlei, a outra era estuprada pelo adolescente. Depois, elas trocavam de lugar.

Os ladrões levaram diversos aparelhos eletrônicos, uma televisão de LED recém-comprada, câmera filmadora, o revólver e a caminhonete L-200. O veículo foi localizado em uma rua das Moreninhas.

Wanderlei trocou o revólver e a filmadora por uma Belina II, que estava em poder de um homem identificado até o momento como Cleber Tatuado. Entre os pertences mais valiosos que continuam desaparecidos está um relógio Rolex, avaliado em R$ 16 mil.

Depois de ser presto, Wanderley foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

Já o adolescente foi encaminhado ao IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal), horas depois de ter se apresentado, e será transferido ainda hoje a uma Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco.

Paulo Pedraza, advogado do adolescente, negociou sua apresentação à Deaij nesta tarde, depois que o delegado Márcio encaminhou à Justiça um pedido de mandado de busca e apreensão do menor. O juiz Wilson Leite atendeu ao pedido.

Conforme o advogado, o adolescente relatou que foi induzido por Wanderley a cometer o assalto. Ele chegou a telefonar para os pais do garoto e disse que os dois pintariam uma casa.

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