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Capital

Golpe do falso sequestro volta e polícia reforça como escapar de criminosos

As vítimas são pessoas de idade e mães, que acreditam sem dúvida no golpe aplicado na maioria das vezes por presos

Viviane Oliveira | 03/07/2019 10:10
Os casos de falso sequestro são investigados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Foto: arquivo/Campo Grande)
Os casos de falso sequestro são investigados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Foto: arquivo/Campo Grande)

Com os crimes de estelionatos ganhando força na internet, em anúncios de compra e vendas indevidas pela rede, o golpe do falso sequestro havia diminuído, no entanto, de alguns meses para cá, os criminosos voltaram a investir na modalidade. Em três meses foram registrados cinco casos em Campo Grande. Normalmente, o autor que aplica esse tipo de golpe está preso.

Na maioria das vezes, os golpistas ligam para a vítima dizendo que um membro da família foi sequestrado e que, se não for depositada uma quantia imediatamente, ele será ferido ou morto. Depois de depositado, o dinheiro é sacado imediatamente. 

Segundo o delegado Reginaldo Salomão, titular da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), em regra uma voz feminina liga pedindo socorro. As vítimas são pessoas de idade e mães, que acreditam sem dúvida que aquela pessoa do outro lado da linha é a sua filha e, passa a seguir todas as orientações dadas pelo bandido.

“É importante que se tenham canais de comunicações com os parentes. Pequenas senhas, por exemplo, uma saudação combinada na família”, orienta o delegado. Após pedir que o resgate seja depositado em conta corrente, os “sequestradores” têm exigido que após o pagamento a vítima rasgue o comprovante, como forma de dificultar a investigação da polícia.

Ainda conforme o delegado, no primeiro contato trate o “filho falso” por nome diferente e se ele atender tenha certeza que se trata de golpe. Normalmente o golpista não sabe o nome do familiar "sequestrado". Por isso, a vítima deve ficar atenta e não pronunciar nomes. Se possível, durante a conversa, peça para alguém localizar o parente que está sendo citado pelo criminoso.

Sempre exija, para o caso de o fato ser verdade, prova de que aquela pessoa é mesmo quem diz ser, perguntando sobre algo bem pessoal, roupa, nome da madrinha, data especial, cicatriz. Salve no celular os números utilizados pelo bandido. Avise imediatamente a polícia, muitas das vezes é possível bloquear a conta corrente e recuperar o dinheiro repassado aos criminosos.

Conforme a polícia, a exigência do depósito indica que o criminoso está distante e não tem condições de receber o dinheiro, por isso alguém (comparsa) vai se arriscar indo até o banco, se a informação chegar à polícia, ainda durante as ligações é possível prender o autor em flagrante, ainda que em outro Estado.

“Sempre tente negociar para ganhar tempo até que uma segunda pessoa localize a suposta vítima sequestrada, informe que está distante do banco, pergunte onde fica a agência mais próxima. Muitas vezes, o autor se encontra preso, é de outro Estado e terá dificuldade em responder as perguntas”, orienta. Segundo a polícia, historicamente não há registro desse tipo de crime (sequestro mediante pagamento) aqui no Estado. 

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