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Capital

Homem que matou ex chora em júri e diz que foi chamado de 'corno'

Viviane Oliveira e Guilherme Henri | 01/06/2016 10:28
Durante depoimento, homem chorou e disse que foi chamado de corno. (Foto: Guilherme Henri)
Durante depoimento, homem chorou e disse que foi chamado de corno. (Foto: Guilherme Henri)

Durante julgamento que acontece na manhã desta quarta-feira (1º) no Tribunal do Júri, o caminhoneiro Ney Calisto Ribeiro, 41 anos, réu confesso de ter assassinado a ex-mulher, Sirlei Machado Ferreira, em 2013, chorou e disse que foi chamado de 'corno' pela vítima. O crime aconteceu no dia 25 de maio, na Rua Jabuti, no Jardim Canguru, em Campo Grande. Ele matou com um tiro no peito a mulher com quem foi casado por 10 anos.

Em depoimento, o réu relatou que os dois estavam dormindo em quarto separado há dois meses, porque a mulher não queria mais o relacionamento. No dia do crime, Ney em uma motocicleta seguiu a ex, que foi para a conveniência com uma amiga. Em determinado momento, Sirlei saiu do local com a colega e as duas entraram em uma caminhonete com dois homens.

Ele, então, continuou seguindo a vítima até quando teve a oportunidade de parar ao lado do carro e atirar na mulher, que morreu no local. Antes de disparar, o réu contou que pediu para conversar, mas mesmo assim atirou. “Ela me chamou de corno e na hora fiquei cego”. Ney tem uma filha com Sirlei, que na época do crime tinha 9 anos.

A testemunha Silvana Brandão, ex-cunhada de Ney, disse que ficou surpresa com o crime. “Ele é padrinho da minha neta e sempre foi tranquilo. “Eles pareciam ser uma família sólida, nunca havia presenciado uma briga do casal”.

Motocicleta usada pelo autor no dia do crime foi encontrada abandonada. (Foto: arquivo/ Marcos Ermínio)
Motocicleta usada pelo autor no dia do crime foi encontrada abandonada. (Foto: arquivo/ Marcos Ermínio)

Quanto a arma, Ney relatou que tinha o revólver para se defender pois por ser caminhoneiro era assaltado frequentemente. O juiz Aluízio Pereira Santos destacou que o tiro foi certeiro, atingiu o coração da vítima. Apesar do crime ter ocorrido em 2013 a prisão preventiva só foi pedida em 2014 e até agora Ney estava em liberdade.

O caso - Depois de três dias do crime, o caminhoneiro se apresentou junto com um advogado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), confessou ter matado a ex-mulher e justificou dizendo que ficou “cego”. Na época ele contou que a vítima tentou agredi-lo e que, quando percebeu, já havia cometido o crime. Após o homicídio, Ney fugiu em uma Honda Biz que foi encontrada abandonada na avenida Manoel da Costa Lima. Ele não tinha ficha criminal.

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