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Capital

Hospitais filantrópicos terão linha de crédito especial para superar crise

Senado e Câmara dos Deputados aprovaram projeto que cria a linha de financiamento, mas falta a sanção do presidente Michel Temer

Anahi Zurutuza e Aline dos Santos | 18/08/2017 15:15
Edson Rogatti durante cerimônia na Santa Casa da Capital (Foto: André Bittar)
Edson Rogatti durante cerimônia na Santa Casa da Capital (Foto: André Bittar)

O Congresso Nacional aprovou e o presidente Michel Temer (PMDB) prometeu sancionar projeto de lei que garante uma linha de financiamento especial para hospitais filantrópicos. A informação foi dada pelo presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Edson Rogatti, durante a solenidade de comemoração dos 100 anos da Santa Casa de Campo Grande.

A linha de crédito será aberta pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), que dará às instituições carência de dois anos para começar a pagar o empréstimo, possibilidade de parcelamento em até 15 anos e juros de 0,5% ao ano.

A ideia é que com o empréstimo, os hospitais ganhem fôlego para reorganizar as contas e voltar a fazer investimentos. Em 2015, as dívidas de todas as instituições hospitalares brasileiras chegam ao montante de R$ 17 bilhões, conforme levantamento feito pela confederação apresentado à Câmara dos Deputados.

Rogatti não soube informar qual o valor teto do empréstimo. “Não é a salvação, mas é para passar por essa turbulência, dá para os hospitais se organizarem nestes dois anos de carência para começarem a pagar”, ressaltou.

Ela revelou ainda que teve encontro recente com o presidente e que Temer garantiu que assim que o projeto de lei chegar às mãos dele, será sancionado e regulamentado.

A Santa Casa de Campo Grande é um dos hospitais afundados em dívidas que poderá usufruir da linha de financiamento. Também durante o evento da manhã desta sexta-feira (18), o presidente do hospital, Esacheu Nascimento, lembrou que o hospital precisa de R$ 280 milhões para quitar todas as dívidas e voltar a fazer investimentos.

A instituição recebe do SUS (Sistema Único de Saúde) cerca de R$ 20 milhões por mês, mas Esacheu alega que para conseguir pagar as despesas, o ideal seria um repasse extra de R$ 3 milhões mensais.

Edson Rogatti comentou que os hospitais filantrópicos do Brasil estão em crise e um dos motivos, é a falta de reajuste na tabela SUS. “O SUS paga R$ 10 por uma consulta, R$ 480 por um parto, cujo custo hoje é de R$ 1,8 mil. As Santas Casas só mantêm as portas abertas com ajuda da comunidade”.

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