“Fiquei muito assustada”, diz mulher após invasão de guarda armado
Após briga com vizinha, guarda civil é acusado de disparar arma e entrar em residência
Muito abalada e com o semblante fechado, a idosa de 71 anos que denunciou o disparo feito por um guarda civil metropolitano, no Jardim Santa Emília, em Campo Grande, descreveu à reportagem do Campo Grande News momentos de medo e desespero. O servidor Robson Marques foi preso em flagrante e afastado do cargo.
RESUMO
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Idosa de 71 anos relata momentos de terror após ser alvo de disparo efetuado por um guarda civil metropolitano (GCM) em Campo Grande. O incidente ocorreu no Jardim Santa Emília, após a vítima e sua filha retornarem do hospital. Abalada, a idosa descreveu o ocorrido com voz baixa e entrecortada, afirmando que o GCM, que mora nos fundos de sua residência, invadiu sua casa armado. O GCM Robson Marques, de 37 anos, foi preso em flagrante e afastado de suas funções. Segundo relatos, a discussão começou porque o guarda se incomodou com a idosa, que queimava folhas secas em seu quintal. Após subir no muro que divide as propriedades, Robson efetuou um disparo contra a vítima, que se refugiou dentro de casa com a filha. Testemunhas afirmam que, após o tiro, o GCM permaneceu no portão da residência, armado e com uma lata de cerveja na mão. Ele responderá por disparo de arma de fogo e violação de domicílio.
Com os olhos marejados, a voz baixa e a fala entrecortada, a idosa contou que o ataque aconteceu logo após ela e a filha retornarem do hospital. “Eu fiquei muito assustada. Estávamos eu e minha filha, tínhamos acabado de chegar do hospital. Ele mora no fundo, mas veio aqui dentro com o revólver”, relatou, ainda tremendo levemente.
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A mulher, visivelmente cansada, demonstrava dificuldade até para se expressar. Abalada com o que viveu, ela preferiu encerrar a conversa. “Olha, eu passei muito nervoso, estou muito cansada, preciso deitar”, disse antes de se recolher para dentro de casa.
O caso - O servidor Robson Marques, de 37 anos, foi preso em flagrante no sábado (2) após se apresentar como policial e atirar durante uma discussão com a vizinha. Conforme ocorrência policial, ele se incomodou porque a idosa estaria queimando folhas secas no quintal.
Então, ainda conforme relato, Robson subiu no muro que separa os quintais e, após mandar que ela apagasse a queima, efetuou um disparo em sua direção. A idosa correu para dentro de casa, onde se abrigou com a filha, de 33 anos.
Testemunhas disseram à polícia que, após o tiro, Robson foi até o portão da casa, armado e segurando uma lata de cerveja. Ainda segundo a ocorrência, ao ser questionado sobre o disparo, teria afirmado: “Sou acostumado a atirar na cabeça”.
No local, a polícia encontrou uma cápsula de munição. O servidor apresentou sua arma funcional, uma pistola calibre .40, e negou ter atirado.
Robson segue preso preventivamente e responderá por disparo de arma de fogo e violação de domicílio. A Prefeitura de Campo Grande afirmou que ele será afastado das funções na Guarda Civil Metropolitana.
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