Idosa resgatada em situação insalubre negou ajuda da assistência social
Secretaria de Assistência Social informou a reportagem que uma vaga na unidade de acolhimento foi oferecida
Mesmo estando em condições insalubres, a idosa que foi resgatada pela Polícia Militar na noite deste domingo (3), sem nenhum móvel em sua casa além de uma cama e um colchão, negou o acolhimento oferecido pela SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania).
RESUMO
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Uma idosa de 81 anos, encontrada em condições insalubres no Jardim Bonança, em Campo Grande, recusou acolhimento oferecido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SAS). A senhora, que vive sozinha em uma casa com apenas uma cama e um colchão, foi resgatada pela Polícia Militar após denúncia de um vizinho. Segundo a família, que nega abandono, a idosa apresenta sinais de confusão mental e recebe visitas diárias da filha. A SAS confirmou que a senhora não está desamparada, mas mantém uma vaga de acolhimento disponível caso ela mude de decisão. Os familiares buscam regularizar documentação para possível internação em asilo.
Conforme informou a SAS à reportagem do Campo Grande News, uma equipe da secretaria, que acompanha o caso, foi presencialmente à casa da idosa de 82 anos, no Jardim Bonança, em Campo Grande.
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No dia da última visita, os familiares da idosa, que mora sozinha, estavam presentes, e a SAS informou que havia disponibilizado uma vaga para a idosa em uma unidade de acolhimento da Capital. Porém, a senhora se recusou a aceitar o acolhimento.
Segundo a equipe de assistência social, a idosa se recusou veementemente, e a equipe da SAS acatou a decisão, sem forçar a adesão à vaga de acolhimento, que, de acordo com a secretaria, ainda segue em aberto. Os familiares presentes nessa visita também acabaram aceitando o posicionamento da idosa, conforme informou a Secretaria de Assistência Social.
A SAS também reiterou que a idosa não se encontra em situação de abandono, porque a filha informou à equipe de assistência que vai à casa da mãe duas vezes por dia para verificar a alimentação e se ela está precisando de alguma coisa.
"Diariamente eles estão lá, ela não está desamparada. Isso a própria filha falou pra nós. Tudo está documentado nos relatórios que a equipe passou, então ela é assistida pela família", disse a pasta em nota.
O caso — Conforme o Campo Grande News informou em reportagens anteriores, a Polícia Militar resgatou a idosa na noite de domingo (3), após ela ser encontrada sozinha em uma casa sem nenhum móvel.
Na residência, foram encontradas pela PM várias embalagens de marmitas usadas, espalhadas pelos cômodos. O caso foi registrado como abandono de incapaz.
A denúncia chegou à PM por meio de um vizinho, que enviou um vídeo mostrando a situação e relatou que não era a primeira vez que a idosa era deixada sozinha na casa, em condições precárias.
Quando a equipe chegou ao local, os portões da residência estavam trancados. Pouco depois, familiares da idosa compareceram à casa e alegaram que estavam providenciando a transferência da senhora para um centro de cuidado.
Com autorização, a equipe entrou no imóvel e confirmou as condições precárias: apenas uma cadeira, uma cama com colchão e embalagens de marmitas usadas espalhadas pelo ambiente.
Família da idosa — A família da idosa de 82 anos negou que tenha havido abandono ou negligência com a senhora resgatada pela PM.
Segundo a neta, a idosa apresenta sinais de confusão mental. “Ela não usa mais o vaso sanitário, faz as necessidades no chão. Minha avó não é lúcida. A gente não sabe se é Alzheimer, mas minha mãe está tentando marcar médico para ela”, relatou a neta.
Sobre a possibilidade de levá-la para viver com parentes, a neta conta que já tentaram essa alternativa, mas sem sucesso. “Há um ano ela foi para a casa da minha mãe, mas quis voltar. Agora estamos tentando uma vaga em um asilo, mas, para isso, é preciso regularizar a documentação”, destacou.
A reportagem tentou entrar em contato com familiares da idosa, e fica a disposição para receber posicionamentos referente a informações da SAS sobe o caso.