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Capital

Índios protestam contra decreto para seleção de professores da rede estadual

Grupo foi até a Secretaria de Educação para dizer que normativa deixa de fora cultura indígena e particularidades das comunidades

Izabela Sanchez e Paula Maciulevicius | 04/11/2019 10:52
Índios protestam contra decreto para seleção de professores da rede estadual
Indígena da etnia Terena durante protesto em frente à SED no Parque dos Poderes (Foto: Marcos Maluf)

Decreto do governo estadual que estabeleceu normativa para seleção de professores para a rede estadual de ensino levou, aproximadamente, 300 índios de diversas etnias de Mato Grosso do Sul para a frente da SED (Secretaria Estadual de Educação), no Parque dos Poderes em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (4).

O grupo que já tinha reunião marcada com a secretária estadual, Maria Cecília da Mota, mobilizou educadores indígenas de diversas cidades contra o decreto. Eles chegaram à SED por volta das 8h e 10 lideranças indígenas foram nomeadas para reunião com a secretária.

Indígenas Kadiwéu, Kinikinau, Ofayé, Terena, Guarani e Kaiowá vieram até a Capital de diversas regiões e cidades como Dourados, Sidrolândia, Nioaque, Porto Murtinho, Bodoquena, Miranda e Aquidauana.

Índios protestam contra decreto para seleção de professores da rede estadual
Lideranças conseguiram reunião com a secretária de educação (Foto: Direto das Ruas)

Terena da aldeia Cachoeirinha em Miranda, a 201 km de Campo Grande, Leosmar Antônio afirma que o decreto não respeita as “especificidades das comunidades indígenas. “A gente não concorda com esse decreto. A gente tem toda uma especificidade da educação escolar indígena”, disse.

“A gente não concorda com essa falta de consulta [junto às comunidades]. A educação escolar indígena tem uma especificidade. A gente teme que professores não indígenas possam ir dar aulas por causa desse processo seletivo nas escolas indígenas. A gente quer um processo específico nosso, diferenciado”, comentou.

A reportagem consultou a SED, por meio da assessoria de imprensa, mas ainda não obteve resposta sobre a possibilidade de mudança no decreto ou que respaldou a modificação.

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