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Capital

Inovado, mercado da morte cria atrativos para fisgar clientes em vida

Aline dos Santos | 12/09/2014 14:57
Segundo Joseli, benefícios amplia número de associados e movimenta receita do setor funerário. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Joseli, benefícios amplia número de associados e movimenta receita do setor funerário. (Foto: Marcos Ermínio)

O primeiro encontro estadual do setor funerário, realizado hoje em hotel na avenida Afonso Pena, um dos endereços mais concorridos de Campo Grande, mostra que não se morre mais como antigamente. Velório virou cerimonial de despedida, caixões têm estampas personalizadas a gosto do freguês e não faltam atrativos para fisgar o cliente em vida.

“A cultura antes era a seguinte: ganhar dinheiro quando a pessoa morria, só no funeral. Hoje, como entraram os benefícios, você paga o plano funeral, mas usufrui. Tem o cartão de desconto, assistência médica. Com isso, traz um maior número de associados, maior receita e, automaticamente, tem condições de oferecer um serviço melhor”, afirma Joseli Gonçales Lourenço, proprietário da fábrica de urnas Mato Grosso.

Enquanto os benefícios aumentam a cartela de clientes, o plano amortiza o pagamento dos custos do funeral em parcelas mensais. Em expansão, o setor tem 200 funerárias e emprega oito mil pessoas em Mato Grosso do Sul. Sinais de que a profissionalização do mercado da morte virou um grande negócio.

“É um setor vibrante. Antes, passava de geração para geração. Hoje, são empresas do ramo, qualificam os funcionários. Nos últimos cincos anos, inovou muito”, diz o empresário, ladeado por cinco caixões, sendo dois infantis, em exposição em uma das salas do Grand Park Hotel.

O preço do caixão, aliás, pode variar em até 190%. “Deixou de ser algo feito em fundo de quintal. Agora é totalmente industrializado, tem toda uma qualidade. Saiu da marcenaria para as grande indústrias, por lei tem que ser material de qualidade”, afirma Joseli Lourenço. No topo do preço, estão os modelos personalizadas, com estampas, figura. O valor varia de R$ 1 mil a R$ 20 mil.

Caixões podem ter custo de R$ 1 mil a R$ 20 mil. (Foto: Marcos Ermínio)
Caixões podem ter custo de R$ 1 mil a R$ 20 mil. (Foto: Marcos Ermínio)

No velório, a oferta é de música, lanche, atendimento com psicóloga. “Antigamente, se colocava o caixão, chorava e fechava”, afirma. A tecnologia garante o funeral online, que permite acompanhar a despedida de qualquer lugar do planeta.

Nos bastidores, novas técnicas se especializam para garantir feições e formatos que se tinha em vida. No momento de dor, é um consolo, ao menos, ter um caixão aberto para se despedir. “São novas técnicas de conservação e preparação do corpo, totalmente atual. Dá um conforto para a família”, explica Joseli Lourenço.

Em casos mais críticos, como acidentes, entra em cena um especialista em reconstituição facial. A partir de uma foto, o profissional refaz a fisionomia. O setor que movimenta milhões e milhões trouxe à Capital empresas de São Paulo e Paraná. Em outubro, uma exposição nacional de artigos funerário terá quatro dia de duração na capital paranaense.

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