Primeira cooperativa indígena de piscicultura é lançada em Aquidauana
Com apoio do Ministério dos Povos Indígenas, a iniciativa visa incentivar o empreendedorismo do povo Terena
Avanços em projetos de piscicultura nos territórios indígenas levaram à criação da primeira cooperativa indígena voltada para a criação de peixes em Aquidauana.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O projeto Hô'e, como é chamado, foi criado pela comunidade indígena da TI (Terra Indígena) Taunay-Ipegue, da etnia Terena, e conta com cerca de 20 piscicultores que trabalham na criação controlada de peixes para a geração de renda.
- Leia Também
- DJ indígena de MS divide palco com Anitta e Chris Martin na Amazônia
- Aluna de escola indígena fica em 1º lugar e conquista bolsa em universidade
Evento realizado neste sábado (1) marcou o lançamento da Cooperativa Vukápanavo Terenoe. A criação desta cooperativa tem o apoio do MPI (Ministério dos Povos Indígenas), juntamente com o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e tem como objetivo incentivar o empreendedorismo indígena, garantindo a segurança alimentar e a geração de emprego na comunidade.
O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, foi uma das autoridades presentes no evento, assim como o cacique Otto, que está à frente da Cooperativa Vukápanavo Terenoe.
A iniciativa do Projeto Hô’e começou a ganhar mais forma e estrutura no mês de junho, quando 16 tanques foram instalados na terra indígena para criação de peixes Pintado e Pacu.

O lançamento foi um momento histórico para o povo Terena, pois a cooperativa é um marco de autossustentabilidade, emprego e expectativa de vida aos piscicultores Terena.
Recentemente, outro projeto da Taunay-Ipegue, de Aquidauana, se destacou nacionalmente.
O projeto Semeador do Bem Viver, que também é apoiado pelo Ministério dos Povos Indígenas, venceu o Prêmio Chico Vive, na categoria Bioma Pantanal. A iniciativa, liderada por jovens indígenas, restaura áreas degradadas, recupera rios e nascentes e planta árvores nativas — unindo saberes tradicionais e ciência para proteger a vida e reconstruir o Pantanal.
Incentivo – No mês de fevereiro, um programa, em parceria entre o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e o Ministério dos Povos Indígenas, foi criado para fomentar a geração de renda na agricultura e na piscicultura do povo Guarani-Kaiowá.
Chamado de Teko Porã, o programa tem metas que visam a ampliar a piscicultura sustentável, implementando tanques elevados para a criação de peixes nas comunidades indígenas, além de promover práticas de manejo sustentável e participação comunitária.
Além destas iniciativas, o programa também é focado em direcionar pessoas indígenas em situação de encarceramento no Presídio de Amambai (MS) à reinserção social e desenvolver iniciativas de proteção às casas de reza.


