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Inspirado em Curitiba, projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande

Ainda tem frutas, legumes e verduras disponíveis para troca nesta manhã de sábado

Por Cassia Modena e Raíssa Rojas | 28/06/2025 10:35
Inspirado em Curitiba, projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande
Sacolas de alimentos separadas em quadra de escola para troca por alimentos (Foto: Marcos Maluf)

Para estimular a alimentação saudável, incentivar o respeito ao meio ambiente e aliviar o orçamento de famílias em situação de vulnerabilidade, a PMA (Polícia Militar Ambiental) realiza neste sábado (28) a primeira edição de um projeto que troca materiais recicláveis por frutas, legumes e verduras em Campo Grande.

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Projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande. Inspirado em iniciativa de Curitiba, ação visa estimular alimentação saudável e ajudar famílias vulneráveis. A Polícia Militar Ambiental, por meio do Projeto Florestinha, realizou a troca de materiais recicláveis por sacolas de frutas, legumes e verduras. O evento ocorreu neste sábado (28), na escola do Florestinha, no bairro Mata do Segredo. Foram distribuídas mais de 300 sacolas com alimentos, cujo tamanho variava conforme o peso dos recicláveis entregues. A iniciativa beneficiou famílias de alunos do projeto e moradores da região, que trocaram papel, vidro, plástico e outros materiais por alimentos. Os recicláveis serão destinados à associação de catadores.

A iniciativa é organizada pelo Projeto Florestinha, que oferece aulas de educação ambiental para crianças e adolescentes da periferia no contraturno escolar. A troca ocorre na escola do Florestinha localizada na Rua Vicente Migliozzi, 21, no Bairro Mata do Segredo, e vai até as 12h.

Foram preparadas 317 sacolas com alimentos, contendo produtos como cenoura, banana, batata, melão e repolho. O tamanho das sacolas varia conforme o peso de recicláveis entregue — papel, vidro, papelão, garrafas plásticas, entre outros.

Inspirado em Curitiba, projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande
Em fila, pessoas seguram sacolas com recicláveis levados para troca (Foto: Marcos Maluf)

Funciona assim: as sacolas variam de 4 kg até 8 kg, sendo proporcional à quantidade de matérias recicláveis. São aceitos, no mínimo, 4kg de materiais.

Senhas - Cerca de 200 senhas foram distribuídas antecipadamente, sendo 120 destinadas a famílias de alunos do projeto. Ainda há fichas disponíveis para quem quiser participar da troca.

A dona de casa Célia Silvério Gomes de Brito, 53 anos, foi uma das primeiras a garantir sua sacola. “Vai ajudar no orçamento familiar. Esta semana, já não preciso ir ao mercado”, contou. Mãe da aluna Yasmin Gomes de Brito, de 10 anos, que está no Florestinha há quatro anos, Célia participou ativamente da iniciativa ao lado da filha, que também ajudou na organização.

Inspirado em Curitiba, projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande
Família de Yasmin recebe sacola de alimentos (Foto: Marcos Maluf)

O motorista rodoviário José Francisco Gomes, 66 anos, marido de Célia, levou 15 kg de recicláveis, incluindo garrafas, papel e vidro. Já o porteiro Marcelo Pereira Gonçalves, 38, pai da aluna Valentina Gomes, 9, contribuiu com 26 kg de vidro e tampinhas. “A gente sempre separa recicláveis em casa. Aproveitamos para trazer tudo que estava no quintal”, contou.

Exemplo de Curitiba - O modelo de troca foi inspirado no Câmbio Verde, programa da Prefeitura de Curitiba (PR). O major Diego da Silva Pereira Rosa, da PMA, viajou à capital paranaense em maio para conhecer de perto o funcionamento do projeto e trouxe a proposta para Campo Grande.

“Aqui, garantimos segurança para famílias vulneráveis e, ao mesmo tempo, promovemos a preservação ambiental. Tiramos da natureza materiais que demorariam séculos para se decompor e entregamos alimentos que não geram resíduos inorgânicos”, explica o major Diego.

Inspirado em Curitiba, projeto troca recicláveis por alimentos em Campo Grande
Major Diego viajou à Curitiba para conhecer projeto parecido (Foto: Marcos Maluf)

Continuidade e impacto - Segundo a tenente Eveny Parrela, coordenadora do Florestinha, a expectativa é de que a ação seja retomada no segundo semestre, com o apoio de parceiros que possam doar alimentos. “A ideia é mostrar que a população pode contribuir com o meio ambiente e ainda complementar a renda. Todo material arrecadado será destinado à associação de catadores”, afirma.

Os alimentos foram doados por empresas como o Grupo Pereira e por produtores locais. Os recicláveis recolhidos serão encaminhados para a ATMARAS (Associação dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis dos Aterros Sanitários de Mato Grosso do Sul).

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