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Capital

Investigada por fraude na venda de consórcios, empresa é interditada na Capital

Além de documentação irregular, empresas anunciavam o bem como se fosse de entrega imediata, mas era consórcio

Liniker Ribeiro | 28/09/2021 14:38
Fiscais lacrando porta de uma das empresas investigadas por irregularidades na venda de consórcios, na Capital (Foto: Divulgação)
Fiscais lacrando porta de uma das empresas investigadas por irregularidades na venda de consórcios, na Capital (Foto: Divulgação)

Empresa suspeita de irregularidades na venda de consórcios foi interditada na manhã desta terça-feira (28), em Campo Grande. Operação de órgãos de defesa do consumidor constatou situações como propaganda enganosa, falta de alvará de funcionamento e de autorização do Banco do Central.

Três estabelecimentos, que funcionam no mesmo prédio, na Rua 13 de Maio, foram fiscalizados, mas apenas um acabou interditado. "A empresa oferecia carta de crédito no valor de R$ 100 mil, desde que o consumidor efetuasse um pagamento de R$ 10 mil. A equipe do Procon foi ao local e constatou a irregularidade", justificou o Procon Municipal.

Segundo apurado pela reportagem, a ação foi desencadeada depois de denúncias de corretores ao Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) sobre práticas ilegais na venda de consórcios de imóveis e veículos.

Conforme denúncia, as empresas divulgavam fotos reais de residências, mas, na verdade, não estavam vendendo o imóvel e sim, uma cota de consórcio.

“O consumidor achava que iria pegar um determinado bem e não era assim que funcionava. Esse é o maior tipo de fraude que acontece com esse segmento”, explicou Marcelo Salomão, superintendente do Procon Estadual.

Faixa interditando comério no Centro de Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Faixa interditando comério no Centro de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Após a ação do Procon, a Polícia Civil agora investigará a denúncia. “As empresas vendem consórcios de várias coisas, mas ludibriam as pessoas, normalmente, pessoas humildes, que acabam assinando contratos achando que estão comprando uma casa, que na verdade, se tratam de um consórcio”, explicou o delegado Paulo Henrique Sá, da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo).

Das três empresas fiscalizadas, duas foram interditadas devido a problemas na documentação. Se responsabilizados, os representantes das empresas poderão responder por diferentes crimes. “Tem que avaliar, porque pode se tratar de crime contra o consumidor até estelionato. Pode ser que essas pessoas estejam enganando para vender, mas estão vendendo um contrato verdadeiro, de uma empresa de fora”, avalia Paulo Sá.

Salomão, do Procon, reforçou que a fiscalização para combater o tipo de crime continuará acontecendo. "Enquanto tivermos empresas que tentam lesar consumidores, nós vamos combater essa prática abusiva", finalizou.

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