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Capital

Jaqueta de garçom é único conforto para esposa que perdeu marido em acidente

Sem identificar quem causou acidente, família se despede de Robson Elias de Figueiredo Barretos

Viviane Oliveira e Cleber Gellio | 01/06/2022 09:47
Tatiane vestida com a jaqueta preferida de Robson. (Foto: Marcos Maluf)
Tatiane vestida com a jaqueta preferida de Robson. (Foto: Marcos Maluf)

No velório do garçom Robson Elias de Figueiredo Barretos, de 38 anos, numa capela do Bairro Aero Rancho, na manhã desta quarta-feira (1º), o único conforto para a viúva, Tatiane Lopes Rodrigues, 29 anos, foi vestir a jaqueta preferida do marido. “É uma injustiça o que fizeram com ele”, lamentou.

Depois de 21 dias lutando pela vida, Robson morreu na segunda-feira (30) na Santa Casa de Campo Grande. Ele estava internado desde a madrugada do dia 9, quando foi atropelado por um motorista no cruzamento das ruas Conde de Boa Vista com Cabo Verde, no Jardim Tijuca.

O homem, que ainda não foi identificado, causou o acidente depois de avançar o sinal de pare e fugiu sem prestar socorro. As imagens que flagraram o acidente mostram Robson tentando desviar para evitar a batida, mas a moto pega na traseira do carro e a vítima acaba sendo arremessada. Assista, abaixo, ao vídeo.

Segundo Tatiane, enquanto o marido estava internado na Santa Casa, ele chegou a mandar mensagem para tranquilizá-la. “Disse que estava tudo bem, para eu ficar despreocupada e ainda perguntou da Aninha sapeca. Se referindo a nossa filha mais nova, Ana Pietra, de 4 meses”, contou. Essa foi a última mensagem recebida pela esposa. Depois disso, Robson teve o quadro de saúde agravado.

A mulher afirma que o marido era muito carinhoso, criava dois enteados, filhos de Tatiane, e tinha os meninos como filhos. “Ele tem mais um filho, de 16 anos, que mora em Portugal com a mãe e veio se despedir do pai”, contou.

João Dervalho Júnior, 41 anos, irmão de criação da vítima, contou que Robson era muito parceiro e muito alegre. "Ele contagiava todos que estavam ao lado dele. Uma das características marcantes era a risada. A gente tem uma conhecida que sempre pedia para os familiares enviarem áudio com a risada dele, isso levantava o astral dela", comentou.

Conforme João, a vítima era muito batalhadora e mantinha dois empregos para não deixar faltar nada para a família. O sepultamento do garçom está marcado para as 10h, no Cemitério Jardim da Paz.

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