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Capital

Juiz aceita denúncia e pedido de prisão contra suspeito de matar professor

Ricardo Campos Jr. | 18/04/2015 17:15
Bruno no dia em que foi levado pelo advogado à delegacia (Foto: Marcelo Calazans)
Bruno no dia em que foi levado pelo advogado à delegacia (Foto: Marcelo Calazans)

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, aceitou denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra Francimar Câmara Cardoso, acusado de matar o professor de informática Bruno Soares da Silva Santos.

Foi decretada ainda a prisão preventiva do réu, conforme solicitado pelo delegado Miguel Said, responsável pelo inquérito, e recomendada também pelo promotor que está cuidando do caso.

“Não é crível que um crime desta envergadura, praticado contra a vida, desde já, ou seja, no recebimento da denúncia, já coloque o Estado-Juiz na obrigação de soltar o infrator”, sustenta na decisão.

Os advogados de Francimar serão certificados para apresentar defesa preliminar dentro de dez dias. A primeira audiência para oitiva de testemunhas foi marcada para o dia 22 de junho deste ano, às 15h30.

Aluízio também determinou que seja encaminhado para outra vara o processo contra o irmão do acusado, Daires Câmara Pereira, dono da arma utilizada na morte do professor de informática.

Ciúmes e polêmicas – Investigações da 1ª DP apontaram que Francimar cometeu o crime depois de saber que a mulher havia sido vítima de uma suposta tentativa de estupro por parte de Bruno.

Entretanto, ao encerrar o caso, Said afirmou que não ficou constatado qualquer tipo de assédio durante as investigações. A declaração incomodou a Defensoria Pública, que está prestando auxílio para a mulher do acusado. A vítima do suposto assédio, em repúdio, resolveu falar pela primeira vez após o homicídio do colega.

"Avistei ele parado no beco, próximo à parede. Ele esticou a mão como se fosse me cumprimentar e me puxou e começou a fazer as ações que me dão náusea só de lembrar. Lá tem um desnível, um degrau, não sei. Ali que eu consegui empurrar ele e correr. Meu desespero era de correr, eu entrei no ônibus, no primeiro que eu vi porque ele vinha atrás de mim... E agora dizem que eu fiz uma denúncia falsa? O delegado questiona por que eu não pedi socorro? Não sei se ele entende a minha situação".

No dia do homicídio, Francimar, segundo apurou a polícia, enrolou a arma em um edredom e colocou dentro do carro que usava no trabalho. Chegou ao estabelecimento de ensino e perguntou pelo instrutor. A recepcionista indicou a sala onde ele estava. Francimar abriu a porta para confirmar se realmente a vítima estava no local.

Em seguida, voltou ao veículo para buscar a espingarda. Bruno foi morto com um tiro no tórax. O suspeito fugiu e se apresentou três dias depois acompanhado pelo advogado. A chegada de Francimar à 1ª DP foi marcada por confusão entre parentes dele e da vítima.

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