Juiz converte em preventiva prisão de policial flagrado com arma irregular
A decisão foi tomada pelo juiz da Auditoria Militar Alexandre Antunes da Silva, em audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (17)

A Justiça decidiu que o sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, de 42 anos, permanecerá no Presídio Militar de Campo Grande. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de uso restrito, durante a Operação Oiketikus, que mira militares corruptos envolvidos com a “Máfia do Cigarro”.
A decisão foi tomada pelo juiz da Auditoria Militar Alexandre Antunes da Silva, em audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (17). Além do sargento, outros 16 praças da corporação também permanecem presos na unidade penal.
- Leia Também
- Delegada detalha prisões feitas durante operação contra a pedofilia em MS
- Investigado por corrupção passiva, PM alvo de operação foi preso com arma ilegal
Ricardo já foi investigado por corrupção passiva. Consta nos autos do Inquérito Policial Militar que ele e outros quatro PMs cobravam propina de motoristas abordados cometendo irregularidades no trânsito. As vítimas relataram pagamentos de R$ 100 e R$ 200 aos servidores. Na época, entre 2002 e 2003, de acordo com a investigação, o grupo atuava em Camapuã.
Hoje sargento, Ricardo foi denunciado pelos crimes em 2013, mas foi absolvido por falta de provas no ano seguinte, confirmou o seu advogado à época, Sebastião Francisco dos Santos Júnior.
“Ele foi absolvido de todos os crimes”, afirmou o defensor ao Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (17), acrescentando que há algum tempo não tem contato com o PM e que por isso não sabe quem ele acionou para defendê-lo desta vez.
Sem saber ainda quem é o advogado de Ricardo, a equipe não conseguiu ouvir a versão do mesmo sobre a prisão de ontem.
Operação - A Operação Oiketikus, deflagrada no início da manhã de quarta-feira (16) em 14 cidades de Mato Grosso do Sul e mira policiais militares corruptos envolvidos com a “Máfia do Cigarro”. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.
A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), e da Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) prendeu 20 policiais, três oficiais e 17 praças, também segundo apurou o Campo Grande News. Também foram cumprido 45 mandados de busca e apreensão.