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Capital

Juiz converte em preventiva prisão de policial flagrado com arma irregular

A decisão foi tomada pelo juiz da Auditoria Militar Alexandre Antunes da Silva, em audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (17)

Guilherme Henri | 17/05/2018 18:01
Policiais militares do Batalhão de Choque na frente da sede da Corregedoria da PM ontem (Foto: Saul Schramm)
Policiais militares do Batalhão de Choque na frente da sede da Corregedoria da PM ontem (Foto: Saul Schramm)

A Justiça decidiu que o sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, de 42 anos, permanecerá no Presídio Militar de Campo Grande. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de uso restrito, durante a Operação Oiketikus, que mira militares corruptos envolvidos com a “Máfia do Cigarro”.

A decisão foi tomada pelo juiz da Auditoria Militar Alexandre Antunes da Silva, em audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (17). Além do sargento, outros 16 praças da corporação também permanecem presos na unidade penal.

Ricardo já foi investigado por corrupção passiva. Consta nos autos do Inquérito Policial Militar que ele e outros quatro PMs cobravam propina de motoristas abordados cometendo irregularidades no trânsito. As vítimas relataram pagamentos de R$ 100 e R$ 200 aos servidores. Na época, entre 2002 e 2003, de acordo com a investigação, o grupo atuava em Camapuã.

Hoje sargento, Ricardo foi denunciado pelos crimes em 2013, mas foi absolvido por falta de provas no ano seguinte, confirmou o seu advogado à época, Sebastião Francisco dos Santos Júnior.

“Ele foi absolvido de todos os crimes”, afirmou o defensor ao Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (17), acrescentando que há algum tempo não tem contato com o PM e que por isso não sabe quem ele acionou para defendê-lo desta vez.

Sem saber ainda quem é o advogado de Ricardo, a equipe não conseguiu ouvir a versão do mesmo sobre a prisão de ontem.

Operação - A Operação Oiketikus, deflagrada no início da manhã de quarta-feira (16) em 14 cidades de Mato Grosso do Sul e mira policiais militares corruptos envolvidos com a “Máfia do Cigarro”. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), e da Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) prendeu 20 policiais, três oficiais e 17 praças, também segundo apurou o Campo Grande News. Também foram cumprido 45 mandados de busca e apreensão.

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