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Capital

Júri livra "Espeto" e "Lobinho" de acusação por morte de servidor

Comparsas foram condenados pelo júri no mês passado. Crime ocorreu dentro de presídio em 2015

Mirian Machado | 17/03/2021 17:18
Execução aconteceu dentro do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado em 2015 (Foto: Arquivo/Marcelo Calazans)
Execução aconteceu dentro do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado em 2015 (Foto: Arquivo/Marcelo Calazans)

Rafael de Oliveira Batista, 27 anos, o "Lobinho", e Rafael Pimentel Duarte de Souza, também de 27 anos, o "Espeto", foram absolvidos dos crimes de homicídio e associação criminosa durante julgamento nesta quarta-feira (17) em Campo Grande. Eles foram acusados de assassinar o agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, ocorrido em 2015 dentro do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado.

Robson diz que matou porque era humilhado por servidor (Foto: Henrique Kawaminami)
Robson diz que matou porque era humilhado por servidor (Foto: Henrique Kawaminami)

Os comparsas Robson Silva dos Santos de Souza, de 28 anos e Marcelo Silva Gonçalves, 33, foram condenados a 21 anos de prisão e 13 anos e nove meses de reclusão, respectivamente. A sentença foi dada no julgamento realizado dia 14 de fevereiro.

Segundo o processo, Rafael Pimentel teria mandado uma terceira pessoa matar o agente. Rafael Batista teria aguardado o executor de motocicleta no local combinado para lhe dar fuga. A “terceira pessoa” seria Robson e Marcelo, ambos foram até o local cada um com uma arma. Robson entrou no local e efetuou cinco disparos, nos quais quatro acertaram a vítima.

A morte seria em represália ao tratamento que integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), da qual todos faziam parte, segundo o Ministério Público.

A defesa de ambos negou a participação de seus clientes na morte e pediram absolvição por falta de provas afirmando que tivera participação de menor importância, além de afirmarem ausência de materialidade por inexistência do fato no crime de associação criminosa.

Sendo assim, a maioria dos votos declarados o júri resolveu por absolver ambos.

Durante julgamento dos comparsas Robson e Marcelo no mês passado, Robson disse que agiu sozinho e matou porque na época era extorquido e humilhado pelo servidor. Segundo relatos dele, quando cumpria pena no estabelecimento, as agressões começaram depois que foi pego pelo agente tentando entrar com celular. “Na época trabalhava durante o dia e só ia para o albergue dormir”. “Ele queria que eu pagasse de R$ 50 a R$ 100. Me ameaçava dizendo que iria voltar para o Presídio de Segurança Máxima, me humilhava”, disse.


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