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Capital

Justiça decreta prisão preventiva de pedreiro que matou jornalista a tiros

Nicodemos Moura Rodovalho de Alencar, 53 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça nesta terça-feira (27)

Luana Rodrigues | 29/12/2016 10:28
Cena do crime, que aconteceu por volta das 10h30 (Foto: Rafael Ribeiro)
Cena do crime, que aconteceu por volta das 10h30 (Foto: Rafael Ribeiro)

João Rodrigues Lopes, 59 anos, que confessou ter matado o jornalista Nicodemos Moura Rodovalho de Alencar, 53 anos, com um tiro na cabeça, deve continuar preso por tempo indeterminado. Ele passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (28), e a Justiça decidiu converter a prisão em flagrante para preventiva.

Preso nesta terça-feira (27), o pedreiro confessou à polícia que matou o jornalista porque a vítima teria tentado manter relações sexuais a força com Franscislaine da Silva Andrade, 19 anos, que é mãe do filho de João e com quem Nicodemos mantinha um relacionamento.

Franscislaine foi ouvida pela polícia e confirmou a versão do ex-companheiro, reforçando que havia brigado com a vítima no dia anterior ao crime, e por isso estava sendo ameaçada.

Durante o velório na manhã desta quarta-feira (28), o sobrinho de Nicodemos, Kristofer Pachelli Alencar, disse que o tio ajudava a “pivô” do assassinato a criar o filho.

“Ao contrário do que as pessoas comentaram, ela já não se relacionava mais com o João Rodrigues, e o meu tio também era solteiro. Ele auxiliava ela financeiramente para ajudar na criação do menino que nem era filho dele. Queremos que os culpados sejam punidos”, relata.

João Lopes é pedreiro aposentado e foi preso na casa de um amigo no Jardim Colúmbia – no norte da Capital, mesma região onde o crime aconteceu. Ele tentou despistar a polícia deixando o carro, um VW Gol que usou para perseguir Nicodemos, na casa de outra pessoa, mas foi localizado e confessou ser o autor dos disparos.

Emboscada e morte - Nicodemos morreu depois de levar um tiro na cabeça, durante uma emboscada no Bairro Nova Lima, região Norte de Campo Grande.

Testemunhas contaram que João Rodrigues Lopes pediu para Francislaine ligar para Nicodemos e convidá-lo para ir a um bar. Ao chegar no local e perceber que corria perigo, a vítima tentou fugir, mas foi perseguido e morto.

Marcelo Moura Rodovalho de Alencar, irmão da vítima, contou que Nicodemos era uma pessoa tranquila e sem inimigos. Morava e cuidava da mãe, de 84 anos, e mais dois filhos, de 12 e 8 anos.

“Ele era um bom filho, um bom pai, cuidava da nossa mãe e das crianças. Somos vizinhos de frente, nunca tivemos problema, ele era uma boa pessoa”, descreve o irmão.

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