Justiça Divina é consolo de amigos e familiares de empresário assassinado
Em clima de muita tristeza e emoção, Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos, foi velado e sepultado, nesta segunda-feira (7), em Campo Grande. Uma multidão foi dar o adeus ao empresário e manifestou indignação à crueldade do crime. Com o coração apertado, familiares e amigos falaram em Justiça Divina como único consolo para superar a tragédia.
Amiga do empresário deste a adolescência, Leila Fernanda, 33 anos, disse que o “sentimento é de muita tristeza”. “Ele era uma pessoa maravilhosa, que só fazia o bem, o que fizeram foi terrível”, analisou. “Só Deus mesmo para fazer uma coisa, porque não tem como voltar, trazer ele de volta”, completou.
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Segundo ela, “a família não vai correr atrás da justiça humana, porque não gosta de caçar confusão”. “Só Deus para confortá-los”, reforçou.
Na última despedida, um primo do empresário, que pediu para não ser identificado, também reforçou que a família se conforta apenas na justiça divina. “Agora, só estamos esperando em Deus”, afirmou. Nenhum outro parente quis dar entrevista.
Pai de Erlon, Lino Bernal é um dos mais antigos anciãos da Igreja Congregação Cristã no Brasil. A família vivia intensamente a vida em comunidade e, entre as 3 mil pessoas que foram ao velório, muitos eram irmãos de fé.
Amiga da família, Aparecida Pontini, 60 anos, classificou como “um absurdo” o crime. “Como uma pessoa tem coragem de fazer isso. O Erlon confiou nele e recebeu em troca um ato de covardia, o matou pelas costas, fico admirada com a maldade humana”, comentou.
Sepultamento - Cerca de 1,2 mil pessoas acompanham o sepultamento do empresário no cemitério Jardim das Palmeiras. Apesar da multidão, o silêncio só foi quebrado por sinais de choro.
Muito emocionado, o irmão de Erlon chegou ao cemitério, carregando um quadro com a foto do empresário. Amigos e familiares deram o último adeus jogando no túmulo pétalas de rosas vermelhas e amarelas.