Ladrão morto na madrugada revendia carros roubados no Paraguai
Tapeceiro Gabriel de Andrade Secundes não tinha passagens, já era investigado por polícia de Campo Grande por integrar quadrilha especializada e se gabava de nunca ter sido capturado antes

Apesar da pouca idade e de não ter passagens anteriores pela polícia, o tapeceiro Gabriel de Andrade Secundes, 20 anos, o ladrão de carros morto na noite desta quinta-feira (13) após confronto com o Batalhão de Choque no bairro Coophatrabalho, em Campo Grande, já era conhecido da polícia por integrar quadrilhas que levam veículos para revenda no Paraguai.
“É o tipo de ação criminosa que não é praticada por um iniciante”, disse o tenente da Polícia Militar Pablo Soares, que participou da ocorrência.
Segundo o Campo Grande News apurou, o ex-morador do Jardim Guarandi, região sul da Capital, se gabava junto aos comparsas pelo fato de nunca ter sido capturado.
Por isso, quando confrontado na perseguição de cerca de dois quilômetros com o Batalhão de Choque, resolveu ir para o confronto armado com o revólver calibre ponto 38. Acabou baleado duas vezes no peito e, mesmo socorrido à Santa Casa, não sobreviveu aos ferimentos.
Na avaliação dos policiais, Secundes e os comparsas trafegavam pela Avenida Florestal para deixar Campo Grande rumo ao país vizinho pela saída para Rochedinho. O bando estava preparado para a viagem: foram encontrados papelotes de cocaína dentro da Tucson, provavelmente para consumo próprio deles.

A certeza de que a ação não foi coisa de principiante é comprovada pelo currículo do ladrão preso pelo Choque: o estudante Verdiano Cassiano da Silva Vargas, 21, que desde 2014 já acumula passagens por crimes como furto, roubo e porte ilegal de arma.
Diferente do comparsa, no entanto, Vargas preferiu se entregar pelo fato de estar armado com uma pistola de brinquedo.
Um terceiro integrante da quadrilha, também armado, fugiu em meio ao matagal, pulando do carro em movimento. Sua identidade já é conhecida da polícia, que investiga seu paradeiro.
O caso – Mãe e filha, de 54 e 29 anos, foram rendidas pelos três homens dentro da própria casa, no Bairro Amambaí, na região central de Campo Grande.
Segundo o tenente Pablo, o crime ocorreu por volta das 19h. As vítimas estavam sentadas na varanda da residência quando foram abordadas de maneira violenta. Uma delas chegou a receber uma chave de braço e teve a arma engatilhada em sua cabeça.
“Assim que soubemos do ocorrido agimos rápido em buscas do veículo, buscando características semelhantes. Foi uma ação rápida”, disse o tenente, referindo-se ao fato do confronto ter ocorrido menos de duas horas depois.