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Capital

Lotação em Pronto Atendimento do HU é 60% maior que a capacidade

Ala está sem receber novos pacientes há pelo menos 24h; central de regulação foi informada sobre situação

Liniker Ribeiro | 02/03/2021 17:08
Fachada do Hospital Universirário, em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Fachada do Hospital Universirário, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Sem receber novos pacientes no PAM (Pronto Atendimento Médico) há pelo menos 24 horas, o HU (Hospital Universitário), em Campo Grande, revelou nesta terça-feira (2) que a quantidade de pacientes atendidos na ala, atualmente, é 60% maior que a capacidade. Só na área vermelha, 10 pessoas são atendidas em espaço com apenas seis leitos destinados.

Na área verde do PAM, que possui quatro leitos, a quantidade de pessoas internadas é ainda maior. Com apenas quatro leitos, 18 pacientes são atendidos no espaço.

“Pedimos para a regulação não enviar novos pacientes para a área vermelha do PAM porque estamos com 160% de ocupação e não temos leitos extras disponíveis”, informa nota enviada pelo hospital, por meio da assessoria de imprensa.

A mensagem expõe ainda, o problema enfrentado pelo hospital. “Não é questão de comportar mais vagas. O fato é que o HU tem um contrato com secretaria de saúde municipal e estadual para ter X números de leitos, recebemos pelo atendimento nestes leitos, temos quantitativo de profissionais para atender a quantidade de pacientes para os quais temos leitos contratualizados. Nem o HU nem hospital nenhum tem de onde tirar recursos próprios da instituição para atender pacientes extras. Não temos como chamar profissionais de acordo com a demanda, os profissionais são concursados”, revelou a unidade de saúde.

Ainda segundo o hospital, a lotação se estende por quase todas as alas, estando disponíveis vagas apenas no CTI Pediátrico (3 leitos ocupados de 5) e enfermaria de doenças infecciosas e parasitárias (8 leitos ocupados de um total de 10).

“A superlotação nos hospitais é problema de políticas públicas, dos governos federais, estaduais e municipais destinarem mais recursos para os hospitais, de abrirem mais leitos e especialidades médicas nas cidades do interior para que os pacientes não tenham que ser enviados para a capital”, conclui a nota.

Ontem (1º), a unidade de saúde já havia destacado não ser possível prever quando a situação deve ser normalizada, mas que, à medida que leitos de área vermelha forem desocupados, a central de regulação será comunicada para enviar novos pacientes.

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