Mãe de jovem espancado diz que procurou por ele em bocas-de-fumo

Amigos disseram que ele “mexeu” com mulher acompanhada

“Eu procurei por ele em tudo quanto é beco que eu sabia que tinha boca-de-fumo”, desabafa Maria Auxiliadora Sales Moreno, 52 anos, sobre a peregrinação que fez para encontrar o filho Welington Leonardo Moreno de Jesus, 21 anos.

Na porta de acesso ao CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Santa Casa, onde o jovem está internado desde a madrugada de domingo (17) em coma induzido, a auxiliar de enfermagem conta que procura pelo filho desde segunda-feira e na terça-feira contou o caso à Polícia.

De acordo com a mulher, o acadêmico de graduação em Administração de Empresas saiu de casa no sábado (17), às 19h30min para ir a uma festa e não mais apareceu. “Ele ainda me pediu R$ 10 e eu não tinha”

Na segunda-feira, Maria Auxiliadora perguntou à namorada de Welington sobre o rapaz e esta disse que havia falado com ele no domingo. Mais tranquila, imaginou que o filho fosse voltar para casa e como não retornou comunicou o desaparecimento à Polícia na terça-feira.

Ela também conversou com dois amigos mais próximos do filho e estes disseram inicialmente que não sabiam de Welington, mas depois acabaram contando que o universitário havia ‘mexido’ com uma mulher acompanhada com quatro rapazes e que depois foram ao banheiro e não mais o viram.

Maria Auxiliadora descobriu ainda que a ‘nora’ não havia falado a verdade. “Ela mentiu”, fala, pois o rapaz já estava na Santa Casa no domingo.

Neste período, a mulher já havia ligado diversas vezes para o celular do filho. As primeiras ligações davam sinal de desligado, depois uma pessoa atendia mas não conversava e por último, uma mulher atendeu e contou que havia encontrado o chip próximo a ponte do bairro Aero Rancho.

Diante da informação, ela e os outros dois filhos - um menino e uma menina - foram para o bairro e lá fizeram uma ‘varredura’. “Eu procurei por ele em tudo quanto é beco que eu sabia que tinha boca-de-fumo”.

Maria Auxiliadora diz que nunca viu o filho fazer uso de algum entorpecente, mas sabe que os amigos dele são usuários e isso a faz suspeitar de Welington, e por isso procurou por ele em pontos de comercialização de drogas.

Coma - Nesta sexta-feira, a auxiliar de enfermagem procurou pelo filho na Santa Casa e lá o encontrou. Ela informou as características de Welington e reconheceu o rapaz que deu entrada no hospital como desconhecido como sendo o seu filho.

Conforme Maria Auxiliadora, Welington fraturou a mandíbula, teve traumatismo craniano leve e está com diversos ferimentos no rosto. Como não pode se movimentar devido ao risco de hemorragia, está em coma induzido. “Agora, o que importa é a recuperação dele, o resto a gente corre atrás depois”, diz a mãe.

Histórico - A auxiliar de enfermagem caracteriza o filho como “muito danado”. Ela diz que Welington nunca se envolveu em confusão, nunca foi parar na Polícia e que é um rapaz quieto, mas, “muito danado”. Certa vez, conta a mulher, encontrou o universitário embriagado e desacordado na avenida Manoel da Costa Lima.