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Capital

Mapa da “geografia” da cidade é revisado pela 1ª vez desde 1991

Aliado ao Plano Diretor e à Lei de Uso e Ocupação do Solo, mapa mostra o que pode ser construído e implementado na cidade

Izabela Sanchez | 18/10/2019 10:53
Imagem aérea da região do Shopping Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Imagem aérea da região do Shopping Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Campo Grande tem um mapa, talvez um dos mais antigos da cidade, e não se trata da localização dos bairros, mas sim dos tipos de solos, relevos e tipos de rocha. É a Carta Geotécnica que, junto ao Plano Diretor e à Lei de Uso e Ocupação do Solo, diz o que pode e o que não pode ser construído ou implementado na cidade. E nunca foi revisada desde que foi criada, na gestão do então prefeito da Capital em 1991, Lúdio Martins Coelho.

Desde então, o solo pode não ter mudado, mas mudaram o tamanho da cidade, sua ocupação, e também, a tecnologia disponível para analisar a “geografia” da Capital. A Prefeitura, por meio da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) licitou o trabalho de rever a carta.

A vencedora foi uma empresa de Mato Grosso do Sul, a Hidrosul, - por R$ 328 mil - que tem prazo mínimo de oito meses para realizar o trabalho. Nesta sexta-feira (18) a Prefeitura também divulgou, em Diário Oficial, a criação de Grupo Técnico que será responsável por acompanhar a revisão.

O Grupo será composto por 7 pessoas: 4 da Planurb e 3 da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Chefe da divisão de meio ambiente da Planurb, Mariana Massud, relata que a seleção levou em conta o número de mestres e doutores nas empresas que disputaram o certame, especialistas em geografia e geologia.

“Pelo termo nós precisávamos de doutores e mestres que fossem da área de estudos geológicos, e todos eles com experiência comprovada de dez ou cinco anos. O coordenador precisa de uma experiência maior”, comentou. “Nesse momento já estão levando dados secundários, quais tipos de empreendimento estão instalados em Campo Grande”, disse.

Anseio antigo – A chefe da divisão comenta que a revisão da carta “é anseio antigo”, apesar de nunca ter sido conduzida pelas administrações anteriores. “Quando nós entramos era um anseio antigo. O que é o grande anseio? É conseguir dados mais próximos da realidade. Em 1991 não tínhamos tantas tecnologias. O que eu penso é que ela [revisão] vai trazer informações, dados mais afinados”, explicou.

“Por exemplo, definiu que uma região era um tipo de solo, talvez vamos identificar até onde vai esse solo e começa o outro. E vem justamente por conta do Plano Diretor, nesse momento, para conseguir definir dados para os empreendimentos”, emendou.

Mariana comenta que além da analisar regiões que já estão na carta, novas áreas entram em estudo, já que o perímetro de Campo Grande aumentou ao longo dos anos e surgiram, também, unidades de conservação que em 1991 não existiam. “Na época foi feita praticamente a mão, hoje temos tecnologias bem superiores do que tinha à época”, diz.

O que diz a carta – A Carta Geotécnica divide Campo Grande de acordo com as chamadas 5 unidades homogêneas. Essas unidades são divididas, em cada área da cidade, de acordo com a litologia (que é a descrição das rochas), o relevo, os solos, a geotecnia e os problemas existentes ou esperados.

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