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Capital

Médica diz, pela 2ª vez, que jovem morreria em 5 dias e revolta família

Filipe Prado | 18/11/2014 17:59
Maria contou que a médica, por duas vezes, falou que a filha iria morrer (Foto: Alcides Neto)
Maria contou que a médica, por duas vezes, falou que a filha iria morrer (Foto: Alcides Neto)

A bacharela em direito Thayla Aguilera Cáceres, 25 anos, há oito meses sofre com altos e baixos, após o diagnóstico de leucemia. Há sete dias a jovem recebeu um parecer de uma médica responsável pelo seu tratamento, pela 2ª vez, afirmando que em cinco dias ela iria morrer, depois disso o quadro clínico de Thayla decaiu.

A mãe da jovem, Maria Carmen Aguilera, 47, contou que em abril deste ano a menina foi internada no Hospital Regional com o quadro de Leucemia. Após vários tratamentos, a menina apresentou pouca melhora, foi quando ela começou a realizar a quimioterapia.

Há quatro meses, a médica, identificada como Luiza por Maria, afirmou que ela teria poucas horas de vida. “Ela disse que não tinha o que fazer, por que minha filha estava morrendo”, revelou a mãe. A partir disso, Thayla apresentou uma decaída no seu quadro clínico.

Depois do acompanhamento da mãe e da equipe do hospital, a menina voltou a se recuperar, porém há 70 dias, ela resolveu visitar um amigo, que estava com pneumonia, também internado no HR. Foi quando os seus dois pulmões foram infectados pela doença.

Os médicos, segundo Thayla, começaram a tratar a doença, porém de forma errada. “Os médicos mandavam estagiários ou residentes para atender minha filha, mas eles eram trocadas há cada três dias”, afirmou Maria. “Eles deram uma medicação de maneira errada, então fui e inverti tudo, quando ela teve uma melhora”, contou.

Por conta da pneumonia, o tratamento de quimioterapia foi suspenso e Thayla precisou colocar um aparelho respiratório. “Eu conversei bastante com ela, então ela resolveu por, pois queria viver”.

Na terça-feira passada (11), ela perguntou para a médica sobre o seu quadro clínico, quando Luiza revelou que ela teria apenas cinco dias de vida. “Minha filha ficou cinco dias sem dormir depois disso e agora está internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva)”, contou.

Thayla se formou em direito, já no hospital, e foi homenageado com o nome da turma (Foto: Alcideis Neto)
Thayla se formou em direito, já no hospital, e foi homenageado com o nome da turma (Foto: Alcideis Neto)

Agora a mãe precisa esperar que os médicos curem a pneumonia, para que o tratamento de quimioterapia para combater a leucemia continue.

Movimento - Por conta da “falta de ética” da médica, Maria afirmou que no sábado (22), às 11h, na Praça Ary Coelho, familiares, amigos e colegas, que se comoveram com o caso de Thayla, irão se reunir para manifestar contra a “ética médica”. “Pode ser que eu não ajude minha filha, mas vou ajudar outras pessoas”.

No Facebook mais de duas mil pessoas foram convidadas, mas até hoje (18) somente 50 pessoas confirmaram presença no evento “Diga não a ética médica”.

“Parece que ela não tem fé em Deus. Não tem fé na própria profissão. Eles precisam lembrar do juramento de salvar vidas”, finalizou a mãe de Thayla.

CRM – O presidente do Conselho Regional de Medicina, Alberto Cubel, explicou que segundo o código de ética médica, o médico tem a obrigação de informar ao paciente o diagnóstico, prognóstico, os ricos, ou seja, tudo o que vai acontecer com o paciente.

Sobre o caso de Thayla, Cubel preferiu não comentar, mas admitiu que, em tese, o médico deve “fazer uma avaliação caso a caso” para saber o que deve pode ser dito. Ainda revelou que o médico não deve exagerar no diagnóstico ou prognóstico, dando informações quando se tem certeza.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que administra o HR, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta sobre a fala da médica.

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